Tom Barros: Os senões alvinegros

Legenda: Recordando: 1979. Time do Fortaleza. Faz 36 anos que essa foto foi batida. A partir da esquerda (em pé): Pepeta, Sérgio Monte, Joel Maneca, Ronner, Milton e Dudé. Na mesma ordem (agachados): Haroldo, Bibi, Florisvaldo, Paulinho e Osvaldino. Detalhe: o Bibi é filho do ex-craque Didi, o Folha Seca, bicampeão do mundo pelo Brasil em 1958/1962. Desse grupo, morreu Joel Maneca. Exceto Sérgio, dono do álbum, não sei o destino dos demais.

Existe natural confiança no Ceará após as recentes vitórias do clube e os tropeços dos adversários que estão na zona de rebaixamento. Tropeços também dos que orbitam próximos da referida zona. Mas o técnico alvinegro, Marcelo Cabo, não pode deixar de fazer uma análise crítica do que aconteceu no primeiro tempo, quando o Vozão ficou exposto à livre movimentação do Náutico. O time pernambucano trafegou fácil nos contra-ataques, criando três significativas chances de gol, inclusive mandando uma bola na trave. Na fase inicial houve espaço demais no campo alvinegro. Charles, não raro, ficou no mano a mano com o adversário. Não esquecer que o Sampaio Corrêa, próximo adversário, tem jogadores rápidos no araque. No mano a mano, nem pensar. Daí o alerta.

Na frente

O atacante Alex Amado, sempre que tem entrado, torna o Ceará mais incisivo. Ele dribla bem, tem velocidade e cria boas situações de gol. Tem sido para o técnico Marcelo Cabo opção para o segundo tempo. Mas pergunto se já não seria hora de Alex ter uma chance de jogar desde o início. O time melhora muito na frente com ele em campo.

Ganhou espaço

Há expectativa sobre o que Carlão renderá em São Luís. Depois do show que ele deu na vitória sobre o Náutico, quando foi o melhor em campo, espera-se uma sequência de boas atuações, já em razão das conquistas desse atleta. Ele chegou e gradualmente foi alargando seus espaços. Poderá ser a nova referência na meia-cancha alvinegra.

Três jogos

O Fortaleza cumprirá seus últimos três jogos pela Série C, tendo na sequência Confiança, Botafogo/PB e Águia/PA. Três oportunidades para ajustar as linhas, visando a ingressar no mata-mata já com a sintonia fina. Poderia ser, desde já, administração de resultados, mas não deve ser assim. Agora é que começa a responsabilidade maior.

Vêm para "briga"

No Confiança (6º lugar) está Elielton, bom volante (ex-Icasa). O time está com um jogo a menos e ainda tem chance de classificação. O Botafogo (5º) também luta por vaga no G-4. Lá está Jean Cleber (ex-Ceará). O Águia, vice-lanterna, luta para não cair. Mas observem: embora por objetivos distintos, os três precisam da vitória diante do Fortaleza.

Incentivo

Justo quando um jogador está numa fase ruim, cuido de incentivá-lo. Que atacante não experimentou na vida um longo período de jejum? Geralmente a continuada perda de chances de gol costuma deixar arrasado o artilheiro. Assim vejo Lúcio Maranhão com dificuldades para superar o momento. Mas ele sabe fazer gols, sim. Alguém tem dúvida?

Curiosidade

No futebol brasileiro há apenas dois estádios de futebol com o nome de mulher. Em Olímpia, interior de São Paulo, há o Estádio Municipal Dona Tereza Breda. A homenageada era esposa do senhor Natal Breda, que doou o terreno. Em Natal/RN, há o Estádio Maria Lamas Farache, o Frasqueirão, de propriedade do ABC. Maria Farache foi esposa de Vicente Farache, benfeitor do clube. Ela não mediu sacrifício pelo ABC. Justa homenagem. (Pesquisa de Eugênio Fonseca).

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