Todos fazem do gol momento maior. Entendo. O gol define. Sem ele não há vitória. Benditos e louvados sejam os artilheiros. Leilson que o diga. Mas o passe ainda mexe. O passe genial, de longa distância. O calculado como fórmula matemática ou com a precisão de computadores de última geração. No Clássico da Paz, que o Ceará ganhou do Ferrão (1 x 0), alguns passes ornamentaram o Castelão. O primeiro, bola enfiada de Magno Alves que deixou Alex Amado na cara do gol. Mas Alex perdeu, porque o goleiro Mauro abafou e fez grande defesa. Depois o passe do Tontini para Lelê, que desperdiçou. O passe de Tontini me fez lembrar Gerson, Canhotinha de Ouro. Depois mais um passe de Tontini, desta feita para Mago Alves que perdeu o gol. Passes. Esses passes majestosos...
Na medida
No programa do Belmino, Magno explicara que, numa advertência feita a Cametá, há algum tempo, quis apenas chamar a atenção do companheiro para ele, Cametá, não perder energia e nem a viagem. Valeu a admoestação. Observem no gol de Magno. O passe foi de Cametá. Aí preciso. Aí pelo alto. Do jeito que o Magnata pediu. O gol. A vitória.
Lançamento
Raul, numa roubada de bola, após Moisés Lucas perdê-la na frente da área, deu um passe perfeito que também vai para o rol dos qualificados, porque com arte e precisão. Bola para Lelê que na sequência cruzou mal. Magno estava frente. Lelê mandou bola atrás. Mas louvável o passe de Raul. O volante viu o jogo. Leu e passou.
Recordando
06 de fevereiro de 2006. Assim se passaram dez anos... No Fortaleza, Bechara treina finalização. O cearense Bechara Jalkh Leonardo Oliveira (40 anos) nasceu no dia 25 de fevereiro de 1976. Destacou-se no Ceará, Fortaleza, Santos/SP, Atlético/MG e Portuguesa, dentre outros. Na Europa destacou-se no Oldense e Vejle-Kolding da Dinamarca e no Aalesund da Noruega. Hoje dirige um colégio em Maranguape.
Um tempo
O Fortaleza, com modelo 3-5-2, abafou o Altos e dominou todo o primeiro tempo. Fez o gol aos 4 minutos (Lúcio, de pênalti). Poderia ter ampliado com Wesley aos 16. Não soube tirar melhor proveito do domínio. O Leão só foi incomodado uma vez, já aos 38 minutos, quanto Patrick perdeu a chance do empate. Fortaleza ficou nisso.
O troco
O Altos mudou na fase final. O técnico Diá adiantou a marcação. Pôs cinco na meia-cancha e abafou o Fortaleza, que não conseguiu sair da desconfortável situação. Joelson empatou aos 8 minutos. Aos 20 Manoel mandou na trave do Leão. Só aos 38 o Fortaleza com Wesley voltou a concluir com perigo. Muito pouco.
Show no Cariri
O Guarani/J deu show no Guarany/S e desta vez aproveitou as chances de gol (5 x 2). Há muito o Leão vinha jogando bem, sob o comando do maestro Adenilson (foto). O time está afinado. Foi injusta a derrota para o Fortaleza na segunda rodada. Se seguir acertando a pontaria, aprontará muita surpresa ainda. Leilson, homem dos belos gols, já é o artilheiro isolado.
Cenário. Com nostalgia revi o Estádio Lindolfo Monteiro em Teresina. Nas imagens, aviões passando, a torre da igreja, passarinhos em campo. Só não cuidaram do gramado. Está ruim. Mas não é desculpa para o Leão. Ruim para os dois. Inaceitável a queda de produção do Fortaleza na fase final. As substituições com entradas de Vacaria, Gabriel Pereira e Alan Vieira não mudaram nada. Só Jefferson ainda apareceu para a disputa. Todos os demais ficaram devendo maior empenho. O empate foi justo.