Não lembro há tantos anos ter ficado bem claro logo nos primeiros jogos tamanha superioridade de Fortaleza e Ceará sobre a concorrência. Pode ser que no transcorrer da competição outra equipe venha a equilibrar alguma coisa. Mas, num certame de tiro curto como o Campeonato Cearense, dificilmente tal expediente acontece. Além de alvinegros e tricolores, o único time que ainda transmitiu a imagem de organização e planejamento foi o Uniclinic. Os demais lutam com dificuldades internas, ora financeiras, ora estruturais, ora por essas duas situações juntas. Lamento que um time como o Horizonte, que passava a impressão de solidez comprovada, tenha desabado para a Série B. Por enquanto, neste 2016, os dois rivais seguem bem acima dos demais.
Uniforme
Estou de volta com meu saudosismo incorrigível. Agora implico com o atual uniforme dos árbitros que trabalham no Campeonato Cearense. Que uniforme feio! Dá perfeitamente para ser aproveitado nas folias do carnaval que vem chegando. Aliás, os nossos árbitros já poderiam estar nesses blocos pré-carnavalescos. Sábado ainda tem.
Respeitável
Lembro do famoso árbitro cearense Alzir Brilhante, atuante nas décadas de 1950/1960. Não por acaso brilhante até no nome. Uniforme preto, todo preto. A autoridade aliada ao uniforme condizente. Duvido que o saudoso árbitro José Tosta admitisse vestir esses apapagaiados uniformes de hoje. É a modernidade, dizem.
Modestos
Vi Maranguape 2 x 2 Icasa, Itapipoca 0 x 1 Uniclinic e Fortaleza 3 x 0 Itapipoca. Já havia visto os jogos da Taça do Campeões Fortaleza x Guarany/S. Entendo que Icasa, Maranguape e Guarany/S terão de melhorar muito se quiserem algo maior. Por enquanto a produção deles apenas dá para os gastos. E gastos bem modestos.
Simpatia
O futebol cearense tem uma dívida para com os sobralenses. O acolhimento deles merece elogios. Sempre que clubes de fora precisam usar o Junco, são atendidos. Itapipoca agora e há alguns anos o Ceará lá enfrentou o Palmeiras pela Série B. Em 2000 a decisão do Campeonato Cearense foi lá, pois o PV e o Castelão estavam interditados.
Finais de Copas
Aí o famoso árbitro cearense Alzir Brilhante, na década de 1960, com seu uniforme preto. A crônica chamava de "homens de preto" os integrantes do trio de arbitrarem. Os árbitros brasileiros Arnaldo Cezar Coelho e Romualdo Arppi Filho usaram uniforme todo preto quanto apitaram respectivamente as finais das Copas do Mundo de 1982 na Espanha e 1986 no México.
Modernos
Não sou contra a modernidade que alterou a cor dos uniformes dos árbitros e dos times de futebol também. São os novos tempos. Não gosto é do exagero. Há uniformes que são uma verdadeira agressão à história e à tradição. Há uniformes discretos com os árbitros usando camisa azul ou camisa amarela, mas sem quebrar o estilo sóbrio que o uniforme deve ter. Portanto, apesar de saudosista, não radicalizo. Repudio apenas as extravagâncias que não raro extrapolam os limites.
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