Tom Barros: O Fortaleza está pronto

Que momento delicado e bonito! É o momento de uma decisão no futebol. Energia, músculos, esforço, coração, sangue, suor e lágrimas. Vale o sentimento, a alegria, a dor, a contemplação, o sorriso, a participação. Nos bares, nos lares, no altar do futebol: os estádios. Muitos os chamados, poucos os escolhidos. O Fortaleza pode estar entre os escolhidos já agora. Pagou todos os pecados que tinha de pagar. E pagou bem pago com a moeda do sacrifício. Chega o momento do prêmio. Até lá o Juventude. Ele o único contra entre os mais de 60 mil torcedores que irão ao Castelão. Analisei friamente esse time gaúcho. Tem virtudes. Tem valores. Mas o Fortaleza é melhor. O Fortaleza está no ninho, no aconchego. O Fortaleza tem Anselmo, Everton, Corrêa... O Fortaleza está pronto.

De decisão

Há jogadores que, pelo perfil, são de decisão. Assim espero mais de Lima, Daniel Sobralense, de Corrêa, de Everton, de Anselmo, de Juliano. É o jogo deles. É o jogo para eles. Para o Fortaleza, pelas circunstâncias, vale mais que o título estadual. Vale sair da humilhação da Série C, ganhar espaços, subir, crescer.

Observei

Nos jogos do Juventude, observei: com Vacaria e Bruninho, a pegada é muito maior. Os dois estão fora. Mas com Wanderson a transição é mais rápida e inteligente. Quem ganha com isso é Roberson. E mais: com Felipe Lima o time tem mais lucidez. No jogo de ida, Felipe vinha de contusão e só entrou na fase final. Muita atenção nesses três.

Recordando

Início da década de 1970. Encontro com a presença de alguns cronistas. Identifiquei do lado esquerdo, com a mão na testa, o saudoso Lúcio Sátiro, locutor de voz muito bonita. Lúcio trabalhava na Rádio Uirapuru. À direita, de camisa quadriculada, o jornalista Sílvio Carlos, hoje presidente da FCFS e colunista do O Estado. De óculos, ao lado do Sílvio, o jornalista e poeta Vicente Alencar. (Álbum de Elcias Ferreira).

Vitórias

Segundo o técnico do Ceará, Sérgio Soares, esta reta final da Série B transformou-se num outro campeonato. Começou com o fim do jejum. Tudo bem. Mas este mini-campeonato de nove jogos impõe uma situação diferente: nele praticamente é proibido perder. Proibição que começa hoje em Barueri diante do Oeste.

Proposta

O Oeste começou a atual Série B cheio de bossa, aplicando o que se convencionou chamar de modelo inovador do técnico Fernando Diniz. Até o goleiro assumiu função especial. E encantou até gente considerada do ramo. Resultado: está há oito jogos sem vencer, sendo três derrotas seguidas nos jogos recentes.

As mãos e os céus

Amanhã, Hemerson Maria poderá entrar para a glória tricolor como o técnico da ascensão. A chance lhe caiu nas mãos, vinda direto dos céus. E veio em forma de bênção como um anjo a anunciar: vai e faz. Pouco importará se Hemerson Maria tenha dirigido o time apenas em três partidas. A vida é assim mesmo imprevisível. Impenetráveis os desígnios de Deus...

Campanha. O Oeste, adversário do Ceará, vem de três derrotas consecutivas. Perdeu para Vila Nova (1 x 0), Londrina (3 x 0), Goiás (1 x 2). Empatou com o Tupi (0 x 0). Aí perdeu para Criciúma (4 x 0) e Vasco (3 x 2). Empatou com o Paraná (3 x 3). Perdeu para o CRB (3 x 1). Sua última vitória aconteceu em casa, na 21ª rodada, no dia 27 de agosto: ganhou do Paysandu (1 a 0). Há oito jogos não sabe o que é vencer. E tomou duas goleadas: 3 a 0 do Londrina e 4 x 0 do Criciúma. Se o Ceará não ganhar, Deus meu...

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