Fico a pensar no que o Ceará poderá aprontar hoje no Castelão, onde já jogou duas vezes e não ganhou nenhuma. Pode até alcançar retumbante vitória sobre o Goiás, mas também poderá mergulhar de vez na primeira grande crise neste início de Série B. Animou a formação que reagiu após sofrer os quatro gols no Ressacada. Cametá e Bill entraram bem. Mas não há ainda quem possa definir o alvinegro. Acho tudo ridículo quando fazem referência ao modelo tático alvinegro. Citam tantas nomenclaturas que descubro quão prodigiosa é a mente dos cronistas. Aí eles trafegam do 4-4-2 ao 4-1-4-1, do 4-3-3 ao 3-5-2, sem que em campo seja visto senão um aglomerado de atletas bem desligados de tudo o que se diz. Aí me vem à mente a frase do filósofo Sócrates: "Só sei que nada sei".
Recordando
Uma das melhores formações do Icasa em toda a sua história. A partir da esquerda (em pé): Catolé, Nena, Zé Quinto, Jatay, Zé Maria e Tangerina. Na mesma ordem (agachados): Manuelzinho, Zé Gerardo, Louro, Luís Francisco e Geraldino. Desse grupo, só tenho contato com dois: o ex-lateral-esquerdo e hoje veterinário Tangerina e Geraldino Saravá, ainda hoje o maior artilheiro da história do Castelão. Faz anos não vejo Zé Gerardo.
Incansável
Setor que vem fazendo a diferença no Fortaleza é a meia-cancha. Nesta parte, destaque para o trabalho incansável que Juliano realiza. Na vitória (0 x 2) tricolor sobre o Confiança no Estádio Batistão em Aracaju, especial a participação dele. O Fortaleza está bem servido no setor, inclusive com ótimas opções. Mas Juliano, no momento, é peça intocável.
Alvo
Não é justo concentrar críticas neste ou naquele jogador do Ceará. Fase ruim todos nós passamos em nossas profissões. E nem por isso aceitamos críticas continuadas, que doem, machucam, desestruturam e não levam à recuperação de ninguém. É melhor um incentivo, um voto de confiança. Isso funciona muito mais.
Fase
Rafael Costa passa por momento ruim. Mas ninguém pode dizer que não é goleador. Quando o Ceará esteve para cair, à beira do abismo, já olhando para baixo e vendo a Série C, foi Costa, com seus gols, quem salvou o Ceará. Hoje não presta? Não é por aí, amigos. Ora, o Ceará caiu de produção como um todo. Não foi apenas Rafael Costa.
Dia das almas
Não sei bem a razão por que dizem que segunda-feira é o dia das almas. Por que não terça? Ou quarta? Bem, deixa isso para lá. Segunda-feira virou dia de futebol pela Série C nacional. E, neste contexto, lá vai mais uma vez o Fortaleza atuar numa noite de segunda-feira. E encarando o líder, América/RN, dentro da Arena Dunas em Natal.
Espantar
Taí boa segunda-feira para espantar fantasmas. No domingo passado o Fortaleza fez bonito em Aracaju. Ganhou (0 x 2), jogando belo futebol. Na segunda-feira anterior tropeçara diante do River/PI em pleno Castelão. Passou. O Leão está com ótima formação e não há que temer bobas superstições que só atrapalham.
Tapetão. Entrevistei no Debate Bola o técnico do Ferroviário, Fernando Filho. Ele disse de sua decepção com a desorganização da Série B cearense, máxime pelo elevado número de WO, fato que prejudicou muito o Ferrão, o único time a ganhar tudo legalmente dentro de campo. Agora Fernando Filho espera que o Tapetão corrija as injustiças. E, claro, dê ao Ferroviário o direito que ele ganhou licitamente, encarando em campo todos os adversários, não sendo beneficiado por um WO sequer.
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