Tom Barros: não é peça de carro

A situação do Fortaleza ainda é confortável, a despeito da derrota para o Oeste no Castelão. Derrotas acontecem. O motivo que anda deixando a torcida preocupada é outro. Diz respeito à saída de jogadores essenciais à manutenção do nível de produção do time. Osvaldo foi embora e até agora não houve resposta na mesma medida. Edinho foi para o Atlético e deixa a uma lacuna. Substituição de jogador não é como peça de carro em que basta trocar a que está com defeito. O presidente Marcelo Paz já acenou com a possibilidade de imediata reposição. Um coisa é a contratação de reforços, mas outra bem diferente é a correspondência imediata por parte de um novo contratado. A estrada é longa. A saída de atletas essenciais é um risco.

Margem

O Fortaleza tem uma margem de sete pontos sobre o quinto colocado, o Vila Nova, que está com 19 pontos. O desportista e ex-treinador Dimas Filgueiras, do alto de sua bagagem, sempre diz que manter a margem de sete pontos é ideal porque permite ao time recompor-se das surpresas.

Recuperação

O entendimento do Dimas Filgueiras faz sentido. Quem tem sete pontos a mais, mesmo que perca duas partidas seguidas e tenha um empate, ainda não é ultrapassado. Portanto, manter essa margem ou ampliá-la é a missão do Fortaleza no Mangueirão em Belém, sábado próximo, diante do Paysandu.

Recordando

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21 de junho de 1970. Faz 48 anos. Pelé, nos braços da torcida, comemora no Estádio Azteca o tri do Brasil, conquistado na Copa do México. Aquele mundial ficou marcado pelas jogadas geniais de Pelé, inclusive com "quase gols" que entraram para a história. Já na atual Copa, pelo menos até aqui, nenhuma jogada genial ou inovação.

Desrespeito

Não gostei nem um pouco do que a torcida do Ceará fez com Ricardinho na derrota para o Bahia. Quando o jogador tocava na bola, vaias estrepitosas. É injusto colocar no jogador toda a culpa de um pecado coletivo. Esta forma de marcar o atleta não contribui em nada para a recuperação do Ceará. Pelo contrário, só prejudica.

Dramática

A situação do Ceará, se já era complicada com os titulares, imaginem com a ausência de noves jogadores, que não puderam atuar por razões diversas. Compreendo que a situação é dramática, mas descarregar ódios, iras e raivas sobre alguém isoladamente não é justo. Seria repensar isso.

Dor e preocupação

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O artilheiro do Leão, Gustavo, sofreu contusão no jogo em que o Oeste ganhou do Fortaleza (1 x 2), sábado passado. Tome preocupação. Pouco a pouco, cresce o temor de o time tricolor ficar sem os jogadores especiais que garantiram a atual liderança na Série B. Edinho foi para o Atlético-MG. Osvaldo foi para o futebol árabe. Potencial ofensivo perdeu qualidade.

De olho na "C". O Ferroviário mais uma vez surpreende. Foi realizar lá fora, no Piaí, o que não conseguira fazer aqui: ganhar com placar mais folgado. E assim, com 4 x 2, despachou o Altos dentro do Estádio Felipe Raulino. Mais uma vez a estrela de Edson Cariús estabeleceu a diferença. Cariús assinalou três gols. Mazinho fez um. O momento de Cariús é muito bom. Que seria do Ferrão se não fosse a presença dele. Cariús decidiu a maioria das situações. Agora é esperar o Manaus. Ferrão a dois jogos da Série C.