Tom Barros: Momentos decisivos

Legenda: Recordando: Ano 2000. No PV, antes de um jogo do Ceará Sporting Club, o papo descontraído de alvinegros. A partir da esquerda: Ricardo Alcântara, então diretor de Marketing e Comunicação do clube; o médico e ex-presidente do Ceará, Eulino Oliveira; e o eterno soldado do clube, Dimas Filgueiras. Na época o Ceará experimentava uma parceria com a Icatu Hartford, espécie de cogestão. (Colaboração de Stênio Moraes)

Hoje o Ceará inicia o que se poderia denominar de última arrancada. Se é que se pode chamar de última arrancada algo que ainda terá pela frente tantos e tantos jogos. Mas é última no sentido de conter em si, pelas circunstâncias, um conjunto se situações que o levarão ao desengano antecipado em caso de tropeço. Será o tropeço à beira do abismo no qual o fio de cabelo transforma-se na salvadora corda de quem despenca. Não vejo no time do Oeste nada de extraordinário. É mesmo provável que as apreensões alvinegras decorram mais da necessidade premente de vencer do que do potencial do adversário. É preciso também que a torcida compreenda e seja parceira. Parceria esta que requer paciência. Muita paciência. Começam hoje os momentos decisivos, onde não se admite errar.

Empates

Nas cinco últimas rodadas, o Oeste empatou quatro vezes. Só ganhou do Boa (2 x 1). Mas o resultado mais significante foi o empate com o Botafogo no Rio (1 x 1). Empatou ainda com o Mogi (0 x 0), CRB (0 x 0) e Bragantino (1 x 1). É um time mediano, nada superior ao Ceará, embora na classificação esteja três posições acima.

Arbitragem

A Série B afunila. Os erros de arbitragem serão fatais para times em risco como o Ceará. Vozão só quer que os árbitros não atrapalhem. Basta o pênalti que Paulo H. Schleich Vollkopf (MS) inventou na vitória o Atlético em Goiânia. Basta a série de erros que o Antônio Neuricláudio Costa (AC) cometeu contra o Ceará na vitória do Santa em Recife.

Última rodada

O Fortaleza encerra amanhã sua brilhante jornada na fase classificatória da Série C. Não foi perfeito. Cometeu alguns senões. Mas no cômputo geral, positiva trajetória, coroada com antecipada classificação. Novamente a sensação de que desta vez tudo dará certo. A força mental a superar superstições.

Futuro

O Leão joga hoje, mas de olho no ponto futuro. Projeto o mata-mata e vejo que quem tem no elenco jogadores como Ricardo Berna, Tinga, Adalberto, Thallysson, Corrêa, Pio, Auremir, Daniel Sobralense, Everton, Maranhão, dentre outros, só pode mesmo pensar alto. Precisa se impor como time grande, qualquer que seja o adversário.

Voz de comando

Contemplo na pessoa do zagueiro Adalberto o nome ideal para comandar a retaguarda tricolor nestes momentos de definição. É versátil (atua também com desenvoltura na lateral-esquerda e na meia-esquerda), exerce certa liderança no grupo. Em momentos assim é de fundamental importância a sua maneira séria, correta, de atuar.

Taça Fares Lopes

De tanto falarem bem do Pacatuba e do atacante Estrela, já é hora de os olheiros acompanharem de perto essa equipe que lidera o Grupo A2. /// A propósito de liderança, o Guarani/J, que ganhou do Iguatu (1 x 0), lidera o Grupo A1 com sete pontos, mas tendo um jogo a mais. /// O próximo jogo do Pacatuba será no dia 18 de outubro, diante do Ceará, às 15h30, no PV. /// O Ferrão joga diante do Fortaleza na próxima segunda-feira, no Alcides Santos, na aguardada estreia do técnico Vladimir de Jesus.

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