Tom Barros: Milagre ou zebra

Ao cronista é proibido vaticinar. O futebol não permite antecipar campeões ou eliminações antes da partida. Jamais alguém pode dizer que o Uniclinic já "dançou". Se assim fosse, não seria preciso o time do Vanor Cruz ir a campo. Por isso mesmo, vai. E vai imbuído do melhor propósito de surpreender e ganhar. Apesar das desvantagens, no íntimo do coração de Anderson Silva há uma pontinha de esperança, ainda que tênue, quase nada. Mas há. É assim o futebol. Como entender um Ceará de Magno Alves, Ricardinho, Richardson e companhia, que joga por um simples empate, perder a vaga? Pela lógica do futebol, impossível. Mas a lógica do futebol, não raro, perde sentido diante do que convencionaram chamam de zebra e que alguns preferem chamar de milagre.

Gols

O atacante do Fortaleza, Lúcio Flávio, estava em dívida com a torcida tricolor. Mas, no jogo passado, na virada sobre o Tiradentes (3 x 3), redimiu-se. Fez dois gols, além de uma atuação convincente. Agora será fundamental dar sequência ao trabalho. Se o Fortaleza se classificar, como é mais provável, sua presença poderá fazer a diferença.

Revisão

Ontem revi os melhores momentos da virada do Fortaleza sobre o Tiradentes. O Leão passou por dificuldades, inclusive duas vezes atrás no placar. Embora tendo a vantagem do empate, não há como relaxar. Se a turbulência vivida pelo Tiradentes não tiver comprometido a preparação do grupo, o Tigre poderá criar embaraços.

Recordando

1966. Há 51 anos esta foto foi batida. Integrantes do América Futebol Clube, campeão cearenses daquele ano. A partir da esquerda: zagueiro Cícero, meia-esquerda Osmar, volante Luciano Frota, zagueiro Hamilton Aires, zagueiro Ninoso e o goleiro Pedrinho Cruz. Detalhes: o hoje médico Luciano Frota foi também campeão cearense pelo Fortaleza em 1969 e vice-campeão da Taça Brasil de 1968. Cícero e Osmar jogaram no Ceará. (Álbum de Elcias Ferreira)

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Faz tempo

Depois de tantos anos, eis a possibilidade concreta de o Ferroviário alcançar a semifinal do certame cearense. Tem jogadores de definição como Mota e Assisinho, mas é preciso que eles produzam mais. Ficar só na dependência de Maxuell é sobrecarga em cima do centroavante. Há que ter as alternativas para dificultar a marcação do Horizonte.

Conjunto

Noto que o Horizonte, adversário do Ferroviário hoje, tem mais conjunto. Os alas Robert e Berg estão bem afinados no apoio. Felipe, Doda, Canga e Isac fazem a sintonia fina da meia-cancha com o ataque. Mas no jogo passado com o Ferrão, empate 1 a 1, tal situação não prevaleceu no placar. Hoje Horizonte tem a vantagem de jogar em casa.

Quase impossível

O técnico do Uniclinic, Anderson Silva, pela primeira vez está verdadeiramente dirigindo um time de futebol. Antes, no Ceará, "tapou buraco". Foi técnico emergencial, sem chance de montar o time à sua maneira. No Uniclinic é ele. Um desafio que topou, apesar de conhecer todas as dificuldades. Ei-lo agora numa missão quase impossível: eliminar o Ceará.

Anderson Silva

Competição. Liga das Escolinhas Cearenses de Futebol inicia hoje na Areninha do Bairro Zé Walter a competição que envolve 16 equipes de vários bairros de Fortaleza e região metropolitana, nas categorias sub-10, sub-12, sub-14 e sub-16. A solenidade de abertura será às 7h30 desta manhã, tendo à frente o ex-jogador Juninho Cearense. Agradeço sensibilizado a homenagem que Juninho e os demais organizadores resolveram me prestar, dando ao troféu o meu nome: "Troféu Craque Tom Barros".