Tom Barros: Mais respeito ao torcedor

Um fato profundamente desagradável vem acontecendo nos jogos do Ceará no Castelão. Torcedores compram ingresso para assistir ao jogo no setor inferior central. Quando chegam, são surpreendidos: o setor está superlotado. Aí encaminham os torcedores para o setor atrás do gol, onde, em pé, têm de ver a partida. Um absurdo de desorganização. Cadê o padrão Fifa? Furou. Aliás, furou em tudo. De forma inaceitável, a capacidade do Castelão vem sendo reduzida. Na reforma para a Copa 2014, alardeavam ser o Castelão o maior do Nordeste, com capacidade para 67 mil torcedores. Hoje, liberam para 45 mil expectadores. Aí tome superlotação em alguns setores. Foi para isso que reformaram o Castelão? Que pouca vergonha...

O maior

Pelo exposto, já não se pode dizer que o Castelão é o maior do Nordeste. Os atuais administradores estão fracassando nas suas tarefas de manutenção do estádio. Se fossem positivos neste mister, o estádio continuaria com capacidade para 67 mil torcedores, tal como alardeavam antes da Copa do Mundo 2014.

Série A

Se o Ceará subir para a Série A, certamente haverá jogos em que terá grande prejuízo, caso o Castelão continue apenas com a atual capacidade. Não sei a razão por que tudo aqui é diferente. Que haja, pois, uma resposta concreta dos atuais administradores do Castelão. Se assim não for, melhor ir de vez para o PV.

Recordando

Fortaleza (década de 1950)

Repito a foto do aspirante do Fortaleza (década de 1950), agora com todos identificados. A partir da esquerda (em pé): Português, Toninho, Rominho, Chiquinho, Renato e Louro. Na mesma ordem: Roosevelt, Tonino, Mazinho, José Flávio e Cabo Lucas. Quem identificou foi Bibi, irmão do Iá e do Mazinho, meus amigos da Gentilândia.

Segurança

O Ministério Público deve também ficar atento, quanto à questão de segurança no Castelão. Se a capacidade é para um público sentado, como superlotar setores com torcedores amontoados em pé? E torcedores passando de um setor para o outro, inclusive correndo risco de vida? É apenas um sinal de alerta?

Transmissões

O alerta que ora faço tem por base os fatos citados nas transmissões pelo rádio, inclusive dando conta da intervenção de policiais militares, visando a impedir a invasão de setores. Há quem não goste quando toco neste assunto, mas o objetivo deste comentário desfavorável é evitar que algo pior aconteça.

Participação

O atacante Leandro Carvalho tem tido a seu favor o espírito de participação. Isso é importante. Na medida em que também combate mais embaixo, reforça a marcação. Foi muito bem no auxílio a Richardson no jogo anterior. Embora às vezes oscilante, no geral se enquadra bem na proposta de Chamusca.

Proposta vitoriosa. A cultura de paz que o presidente do Fortaleza, Luís Eduardo Girão, luta para implantar no futebol cearense é louvável. Há quem diga que essa cultura não vinga no atual momento do futebol. Ora, também diziam que ele, por ser neófito, não daria certo na presidência do clube. E mais: que por ser homem de bem, não teria espaço no futebol. Resultado: criou seu espaço, deu certo e ganhou a vaga na Série B nacional, fato que há oito anos "velhas raposas" tentavam, mas não conseguiam.