Tom Barros: Luta até o fim

Preparem-se para as mais imprevisíveis situações nesta reta final da Série B. Os times da parte baixa ainda aprontarão muitas surpresas. E mais: na parte alta, onde há pequena diferença de pontos entre os clubes, o script é aleatório. Cada rodada, um capítulo inusitado. No futebol o enredo corre solto, levado pelos fortes ventos das emoções. A competência, não raro, é engolida pela falta de sorte. A isso se junta uma série de fatores como erro de arbitragem, infelicidade de um atleta, teimosia de treinador, compreensão ou incompreensão da torcida. Faltam só quatro rodadas. Suportar é preciso. As posições variam como as ondas do mar: ora o pódio bem perto, ora distante a perder-se do olhar.

Três pontos

Os erros graves das arbitragens nos dois recentes jogos do Ceará tiraram três pontos do Vozão. Em Caxias, Ramon estava impedido quando fez o gol da vitória do Juventude. O Ceará poderia ter trazido um ponto. O auxiliar José Coimbra (PA) e o árbitro Helcio Neves (PA) validaram o gol irregular.

De novo

No Castelão, no empate com o Guarani, Richardson em condição legal, fez o gol que daria três pontos ao Ceará. O auxiliar Marcos Welb (BA) errou feio e o árbitro Marielson Alves anulou o gol legítimo. No lugar de três pontos, o Ceará ganhou um. Isso pode comprometer todo o trabalho. Absurdo.

Recordando

Recordando

Década de 1980. Na época o Calouros do Ar, time da Base Aérea, ainda fazia parte da Série A cearense. A partir da esquerda: José Maria Paiva e Adão Paiva, irmãos que tiveram boa participação no futebol cearense. Zé Maria também brilhou no Ferroviário como jogador e treinador. Os dois são irmãos do cronista Paiva Filho.

Protesto

Meus amigos, se um ponto define o time que sobe ou desce, imaginem três não computados por erros de arbitragem. O Ceará poderia hoje estar com 62 pontos. Portando, com uma margem folgada para trabalhar a classificação. Seriam sete pontos sobre o Oeste, faltando quatro rodadas. Essas arbitragens...

Expectativa

Neste recesso do Fortaleza, abre-se enorme expectativa sobre a montagem do time tricolor. No Pici há profissionais que conhecem bem o mercado. Sérgio Papellin é expert no assunto. O próprio presidente Marcelo Paz é pesquisador nessa área. Assim, perspectivas de boas contratações.

Financiamento

Marcelo Paz, novo presidente do Fortaleza, diz que o time será do tamanho do sócio. É importante apostar na parceria com a torcida, mas há que buscar alternativas fontes de financiamento, não sujeitas aos humores das situações. Fontes garantidas mediante contrato bem costurado com empresas sólidas.

Notas & Notas. Agradeço ao Alan Neto, o Príncipe, a referência elogiosa ao tópico que escrevi sobre o Floresta. Valeu, amigo. /// Mazinho, do Oeste, marcou seu 16º gol. Dificilmente deixará de ser o artilheiro da Série B. // Foi ótimo terem extinguido do Campeonato Cearense 2018 as torturantes decisões através de cobranças de pênalti. // Gramado do Castelão sofre quando há shows. No jogo Ceará x Guarani, visível o estrago. Aí lembrei do Manoel que na década de 1970 deixava um tapete aquele gramado.