Estou olhando para 2016. Queira Deus seja um ano de retomada. Vejo sob escombros o futebol cearense. Um desabar do edifício onde Fortaleza e Ceará já ocuparam a cobertura da Série A. E o Icasa, por um ponto, deixou também de ocupar semelhantes e privilegiado espaço. Hoje o que se vê é vertiginosa descida. Os times cearenses em terrível processo de desgaste, perdendo o posto que antes chegaram a ocupar com altivez. Só na capital cearense eram três grandes. Hoje o Ferroviário está na segunda divisão cearense. E, na Taça Fares Lopes, vem apresentando campanha apenas razoável. Há no ar aquela sensação de ruína. Clara perda de prestígio. E o que é pior: sem ter no momento sequer uma alternativa para contornar tão grave situação.
Reconstruir
Quando um time grande como o Fortaleza passa seguidamente a experimentar insucessos na mesma séria, no caso a Série C, é natural que as consequências graves recaiam sobre o elenco como um todo. Não se trata de punição senão uma reengenharia dentro das novas condições financeiras daí decorrentes.
Quem fica
Na situação tricolor, revisão salarial com adaptação às novas receitas. Não se trata apenas de ajuste da equipe no plano técnico, mas, muito mais que isso, adaptação ao cofre que é quem dita a proporcionalidade entre o que o time terá condições de pagar e o que os jogadores entendem que merecem. Aí vai valer o jogo de cintura.
Reação
O time do Ceará conseguiu uma importante vitória, ontem, sobre o líder do campeonato, Botafogo, em pleno Rio de Janeiro. É um triunfo animador que ajuda a equipe alvinegra a seguir sonhando em permanecer na Série B do Brasileiro e traz de volta o apoio da torcida para o próximo jogo. Aliás, sábado que vem, no PV, contra o Boa Esporte.
Destino
O próprio técnico Marcelo Chamusca reconheceu que, após a eliminação na Série C, encerrado estava seu ciclo no Pici. Chamusca foi campeão cearense 2015. Mas, no maior desafio do ano, falhou como falhara em 2914. Restou a frustração que acabou determinando a separação dos destinos: Fortaleza e Chamusca em novos caminhos.
Situação coral
O presidente do Ferroviário, Carlos Mesquita, anda preocupado com o baixo comparecimento da torcida coral aos jogos do Ferrão pela Taça Fares Lopes. Ele precisa do engajamento maior da galera no sentido de, com esse apoio, incrementar as medidas necessárias para alavancar o Tubarão. Apoio apenas verbal vira vento. Nada mais.
Saudade
Edilmar Norões. Guardo desse querido companheiro, diretor e amigo, as melhores lembranças. Poderia escrever muito sobre sua vida profissional e sobre o ser humano maravilho que ele foi. Mas opto por traduzir numa palavra, numa única palavra, a postura que o fez maior, digno, elevado: a conciliação. Um homem da paz. Assim, embora ocupando cargos importantes do Sistema Verdes Mares, jamais se deixou levar por qualquer sentimento de vaidade. Simples todo. Pêsames à família.
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