Comparação
Os argentinos querem um Messi Maradona. Grave erro. Gênios diferentes. Trajetórias diferentes, mundos diferentes, reações diferentes. Messi é Messi. Maradona é Maradona. Essa comparação prejudicou Messi, já pela exagerada pressão. Se não fosse isso, creio, Messi teria conquistado também muitos títulos pela Argentina.
Revisão
Messi anunciou sua aposentadoria da seleção argentina. Ele está com 29 anos. Gostaria muito de vê-lo mudar de ideia para tê-lo na Copa da Rússia em 2018. Na minha idade, 69 anos, já não me toca mais essa bobagem de rivalidade mortal com os argentinos. Acho isso frivolidade, coisa inútil. Amo mesmo é o bom futebol. Sou fã do Messi.
Lágrimas do “Rei”
29 de junho de 1958. Dia de São Pedro. Hoje faz exatamente 58 anos que o Brasil sagrou-se campeão do mundo pela primeira vez. Ganhou da Suécia (2 x 5) em Estocolmo. Pelé, então um menino de 17 anos, chorou. Diferente das lágrimas de Messi, que expressaram a dor da derrota, as lágrimas de Pelé traduziram a alegria da espetacular vitória brasileira. Lágrimas de um alvorecer, as de Pelé; lágrimas de um entardecer, as de Messi.
Ingratidão
O futebol tem sido generoso com o Messi do Barcelona, mas ingrato com o Messi da seleção argentina. Pelo talento extraordinário, Messi há muito já merecia a coroação com um título mundial, vestindo a camisa da seleção de seu país. Mas no futebol lamentavelmente tais fatos acontecem. Assim com Messi, Zico e outros mais.
Lista
Além de Messi e Zico, que mereciam um título de campeão em Copa do Mundo, acrescento à lista de injustiçados Leônidas da Silva, Zizinho, Puskas (Hungria), Cruijff (Holanda), Stanley Matthews (Inglaterra), Eusébio (Portugal), Kopa (França), Alfredo Di Stéfano (Argentina e Espanha) e Gento (Espanha)...
Retirada
Não creio seja definitiva a posição de Messi, que anunciou sua aposentadoria da seleção argentina. Depois desse anúncio, parece que finalmente os próprios argentinos descobriram que estavam em falta para com o jogador. Este sempre foi questionado, colocado na berlinda. Messi cansou da indiferença e da ingratidão de muitos de seus patrícios. Coisas do futebol.
Chororô. Chorar em Copa do Mundo é normal. Ora pela conquista, ora pela derrota. A seleção que mais chorou foi a Canarinho de 2014, quando da realização da Copa no Brasil. Entrou para a história o desespero do zagueiro Thiago Silva, que chorou. E também o copioso choro de alguns companheiros seus quando da execução do Hino Nacional Brasileiro. Muitos consideraram aquele choro decorrente de um despreparo psicológico. Pelo sim, pelo não, tudo acabou mesmo em lágrimas.