Tom Barros: Jogo de imagens

Legenda: Recordando: Década de 1990. Time do Fortaleza. A partir da esquerda (em pé): Expedito, Alexandre, Paulo Sérgio, Josenilton, Albéris e Claudecir. Na mesma ordem (agachados): Valdir, Eliézer, Eloy, Josué e Jorge Veras. Desse grupo, Jorge Veras há muitos anos é treinador das equipes de base do Fortaleza. Josué também exerceu a carreira de treinador, mas recentemente esteve como supervisor do Tiradentes. (Colaboração de Elcias Ferreira)

Nem sempre a primeira impressão é a que fica. No futebol, as últimas impressões são as que mais marcam a memória do torcedor. Na torcida do Fortaleza, noto hoje pouca referência ao herói tricolor este ano: Cassiano. Dele o memorável gol que tirou o penta do Ceará e mudou os rumos de um título que já estava sendo comemorado em Porangabuçu. Como esse fato aconteceu há seis meses, no dia 3 de maio de 2015, não há mais o mesmo entusiasmo da época. Já a imagem do goleiro Everson, do Ceará, segue destacada pelos alvinegros. Primeiro porque é fato recente; segundo porque foi realmente plástica, fora de série. Pelo argumentos expostos está bem claro o que afirmei no início dessa observação: no futebol a última imagem é a que fica. E fica de forma consistente, bem definida.

Onde anda

Cassiano, o herói do Fortaleza, autor do gol do título de campeão cearense 2015, está atualmente no Gwangju, time da Coreia do Sul. No Leão atuou em 21 jogos. Marcou 4 gols. Ele é gaúcho de Porto Alegre. Está com 26 anos de idade. Já defendeu o São José/RS, Internacional, Criciúma, Santa Cruz. O herói está do outro lado do mundo.

Aqui mesmo

Everson sente melhor a comemoração de seu feito junto aos alvinegros porque ficou aqui saboreando o doce prazer do aplauso e do reconhecimento. Já Cassiano deixou o Fortaleza um mês após a conquista. Aí a distancia reduziu o que poderia ter sido um compartilhamento continuado de um gol histórico.

Opiniões

Interessante a forma com que cronistas e torcedores analisamos certos fatos. Alguns, com total isenção. Outros, nem tanto. Na possibilidade de Magno retornar ao Ceará, os a favor e os contra apresentaram argumentos diversos, claro. Os contra alegam que Magno abandonou o Ceará quando mais dele o Vozão ia precisar. Seria um ingrato.

A favor

Os defensores do retorno de Magno Alves pensam diferente. Entendem que ele não foi ingrato com o Vozão. Apenas quis realizar o sonho antigo de voltar a joga a Série A no Fluminense, onde viveu seu melhor momento, inclusive convocado para a Seleção Brasileira. Também alegam a alta qualidade do futebol desse atacante, que vence o tempo.

O momento

Na minha avaliação, o que importa é saber o momento de Magno Alves. Se ainda mantém o mesmo padrão de futebol da época em que foi destaque do Ceará campeão do Nordeste, ótimo. O Ceará penou muito pela falta de um artilheiro de qualidade refinada para aproveitar chances de ouro como, por exemplo, as que Mazola perdeu na decisão de vaga com o Macaé.

Notas & notas

Ao querido Lúcio Brasileiro, com quem tive a honra de trabalhar na TV Ceará dos Diários Associados, agradeço o registro de sua satisfação e amizade por me ver agora "na turma de Comunicadores Lojistas", da qual ele já faz parte. Valeu, Lúcio! Foi um momento forte, marcante, neste jubileu de ouro de minha vida profissional. /// O desportista Márcio realiza nobre trabalho com o "Futebol dos Amputados", um time que desafia deficiências e oferece notável lição de vida.

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