Há quem diga que não existe ser insubstituível, mas acho que existe, sim. No mundo do futebol até hoje não houve um como Pelé. Há diferença quando se trata de vacância de ídolos mais comuns. Estes, sim, são substituíveis, embora demande tempo. No Ceará até hoje ainda não houve quem ocupasse o lugar de Magno Alves. Pela posição passaram vários, mas nenhum ainda fez esquecer o Magnata. Agora vamos ver quanto tempo passará até que alguém se estabeleça no lugar do meio-campista Ricardinho e conquiste as graças da torcida tal como Ricardinho conquistou. São vagas que continuam abertas em Porangabuçu a espera dos substitutos. Estes terão de apresentar qualidade e desempenho superiores aos dos dois atletas citados. Se assim não for, a dupla vacância continuará.
O candidato
O Diário do Nordeste publicou ontem matéria sobre Zezinho. No texto de Vladimir Marques, embora não haja afirmação incisiva a respeito, nota-se que Zezinho tentará conquistar o espaço que um dia Ricardinho conquistou. É o candidato natural. Jovem, de 23 anos, pode fazer do alvinegro o trampolim para seu definitivo salto.
Outra vaga
Quanto à vaga deixada por Magno Alves, aí não há ainda candidato explícito. E acredito que só mesmo no transcorrer dos certames poderá surgir o sucessor. O candidato terá de fazer gols em profusão, ter grande intimidade com a bola e passe na medida, dentre outras qualidades. Magno foi embora depois da Copa do Nordeste 2015. Faz tempo.
Recordando
2006. Ceará. Assim se passaram dez anos... A partir da esquerda (em pé): Kiko, Sidney, Valdo, Edu e Diogo. Na mesma ordem (agachados): Arlindo Maracanã, Pansera, Sérgio, Helinho, Edson Oliveira e Leo Gago.
Detalhe: Leo Gago continua na ativa. Jogou Inter de Limeira, Ceará, Fortaleza, Paraná, Avaí, Vasco da Gama, Coritiba, Grêmio, Palmeiras, Bahia, Bragantino, América/RN e está no Villa Nova/MG. (Álbum de Elcias Ferreira).
No Pici
Não há no Fortaleza vacância de atletas excepcionais. Os bons Corrêa, Daniel Sobralense e Everton ficaram no Pici. Os que foram embora não deixaram marcas indeléveis senão apenas lembranças razoáveis. Os novos contratados não terão de fazer esquecer os que foram embora: terão de buscar os seus próprios espaços.
Ídolo
O Fortaleza precisa de um goleador. O homem para marcar os gols que faltaram diante do Oeste, Macaé e Brasil de Pelotas. O artilheiro para virar ídolo. Exatamente o que faltou nessas três decisões. Nesta parte, a vaga está aberta há muito tempo no Pici. Um homem para lembrar Croinha, o ídolo tricolor dos anos 60. O espaço está aberto.
Aproveitamento
Um dos erros do Fortaleza em 2015 foi não saber aproveitar o meia Elias. Ele tem talento. Não sei a razão por que tantas vezes ficou no banco. No jogo final contra o Macaé, quando Elias entrou, o Leão criou melhores situações e até houve perigosa finalização dele. Sua bela produção na apresentação do time diante do Maranguape vale como senha para Flávio Araújo.
Dar trabalho. Eu estava na TV Diário com o presidente do Fortaleza, Jorge Mota, quando foi ao ar a matéria sobre o Uniclinic. O time fundado por Vanor Cruz está cuidando bem de sua preparação neste retorno à Série A cearense. Maurílio Silva, seu treinador, tem feito ótimos trabalhos. As contratações de Preto e Leanderson, que já jogaram pelo Ceará, dão bem a dimensão do que pretende a Águia da Precabura. Quando a matéria terminou, Jorge Mota exclamou: "Esse time vai dar trabalho"! Concordo.
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