Há o reconhecimento público de que o elenco do Ceará oferece mais opções ao Chamusca, se comparado com os demais clubes. É também notório que Ceni há encontrado dificuldades na escalação do time titular, já em razão de contusões acontecidas com jogadores essenciais à melhor formação tricolor. O Ceará tem a vantagem do empate, privilégio obtido após a vitória (2 x 1) no clássico passado. O Ceará tem o moral elevado porque, em três partidas com o Leão este ano, não perdeu uma sequer. Esta a análise em cima de dados concretos. Mas em decisão é diferente. Em decisão não há dados concretos. Há o imponderável. A lógica toma solavanco do inusitado. Mais uma vez Fortaleza x Ceará decidindo o título. Imprevisível como sempre.
Em segundos
Não há como prever nada entre dois gigantes rivais? Em segundos a bola muda o rumo e a história. Na decisão estadual de 2015, aos 45 minutos da fase final, o título estava em Porangabuçu com o gol de Assisinho. Aos 47, dois minutos depois, o título e a taça, com o gol de Cassiano, estavam definitivamente no Pici.
Mágica
Clássico em decisão tem o poder mágico de colocar no mesmo pé de igualdade os desiguais. O mundo invisível do futebol, o que há atrás da cortina da realidade, é inalcançável aos olhos humanos. Não há melhor, nem pior. Há o momento onde surge o herói. É predestinação. Não está sob o controle dos homens.
O "Rei" Arthur
Cedo para ser coroado? Talvez. Arthur só está começando a carreira. Tem todo talento para alcançar a majestade na monarquia do futebol. Difere do Chico Alves, o Rei da Voz, quando cantava: "Que rei sou eu que vive assim à toa, sem reinado e sem coroa, sem Castelo e sem ninguém, sem ninguém"? Arthur segue. Se será chamado rei, aí só Deus sabe...
Formação
Chamusca não tem o que mudar. A formação é a que a torcida sabe, de Everson a Azevedo, sem tirar nem pôr. Talvez uma alteração que, por um motivo qualquer, não esteja no roteiro. Às vezes, só pela vaidade de mexer, às vezes pela necessidade de mexer, às vezes pelas duas coisas, às vezes por nenhuma delas. Treinador é assim.
Quebra-cabeça
Ceni busca com o que poderá contar. Marcelo Boeck, Leonan e Edinho sentiram, arrastados pelo azar de contusões em cima da hora. Estas contusões são terríveis porque comprometem propostas estudadas e não dão tempo para exercitar os substitutos. É a aflição da luta contra o tempo.
O "Rei" Gustavo
Cedo para ser coroado? Talvez. O primeiro Rei Gustavo que conheci foi o da Suécia, que entregou a Taça Jules Rimet ao Bellini em 1958. Agora, aqui, um jovem Gustavo candidato a rei. Na aérea e perto dela, ele reina. Com ou sem manto, com ou sem cetro, tem a aura que o ilumina. Se algum dia será chamado rei, só Deus sabe...
É festa. Hoje, às 7h30 da manhã, na Areninha do Itaperi, a abertura do Campeonato Cearense da Liga das Escolinhas, organizado pelo ex-jogador Juninho Cearense, que brilhou pelos gramados brasileiros. O troféu da competição leva meu nome, deferência que agradeço. Em 2017, acompanhei o evento revelador de novos talentos. Agora, em 2018, o êxito será maior, já pelo aperfeiçoamento advindo das experiências anteriores. Estarei presente. O trabalho de Juninho tem elevado valor socioeducativo.