O Fortaleza terá domingo a terceira chance seguida de, através do mata-mata, ganhar uma vaga na Série B. Para isso terá de fechar as cortinas do passado, deixando para traz os fracassos anteriores. Desconectar-se dos traumas, olhar para frente, pensar positivo. No futebol não há capitanias hereditárias. Cada decisão tem contornos próprios. Cada jogo tem sua própria história, com atores e fatos diferentes, datas diferentes, sentimentos diferentes, cobranças diferentes, lances diferentes. Não faz sentido a teimosia de ligações abstratas em cima de frustrações acontecidas. Correto é mirar um novo cenário de conquista, verdadeira vocação tricolor. Ser otimista, sem exagero; ser sonhador, sem fugir da realidade. O Fortaleza está outra vez em casa, com a mão na vaga.
Autocrítica
Rodrigo Andrade é bom jogador, mas não estava bem diante do JU. Numa autocrítica, o atleta terá de compreender quando a situação não lhe está sendo favorável. Isso não quer dizer que esteja fora do time principal no domingo. Dependerá da avaliação que será feita pelo treinador, em vista da produção do time após as mudanças.
Arbitragem
Não raro um erro de arbitragem pode botar a perder todo o planejamento de um time. O Leão foi prejudicado com a anulação do legítimo gol de Daniel Sobralense. E poderia ter sido pior. Em outro lance, Corrêa foi desarmado com falta claríssima na cara do árbitro Ricardo Marques que deixou seguir. Por pouco o Leão não tomou o gol.
Campeão Brasileiro
Time do Colégio Batista Santos Dumont, campeão Brasileiro de vôlei (2ª divisão) nos Jogos Escolares da Juventude em João Pessoa/PB. A partir da esquerda (em pé): Gabriel Almeida, João Vítor, Lucas, Pedro Lucas, Alisson, Renan e Max (treinador). Na mesma ordem (fila do meio): Wesley, Yuri e Arthur. Na frente, Lucas, chefe da delegação do Ceará. Com esse título, o Estado do Ceará subiu para a primeira divisão brasileira.
Torcida
Certos cuidados deve ter a torcida tricolor no jogo de volta com o Juventude. Primeiro, não transferir para o campo suas angústias; segundo, se o Fortaleza sofrer um gol antes, a torcida deve manter-se serena e seguir, sem desespero, incentivando o grupo. Terceiro, nem pensar em apupos. Estes só levam à destruição da equipe.
Nordestão
O que faz um time desistir da Copa do Nordeste, a mais vitoriosa competição regional? O que faz um time abdicar de uma vaga que com decência, técnica e profissionalismo conquistou em campo? Estranho. Muito estranho. Há coisas incompreensíveis no mundo do futebol. Resolvidas nos subterrâneos, não permitem a entrada da luz da verdade.
Recordando
1969. Ceará campeão do Torneio Norte-Nordeste, o Nordestão, numa disputa em três jogos com o Remo/PA. O zagueiro Cícero teve importante participação. Cícero era um zagueiro seguro, muito bom, que também se destacou no Usina e no América. Cícero foi também campeão cearense pelo América em 1966. (Colaboração de Elcias Ferreira).
Notas & notas. Marcelo Chamusca deve estar assustado com o fantasma do mata-mata que o atormenta. Perdeu dois matas-matas seguidos com o Fortaleza e já agora, com o Guarani, enfrenta o terceiro consecutivo. E largou em desvantagem (Asa, 3 x 1, na ida). Marcelo tentará reverter em Campinas. Sofrerá a mesma pressão que sofreu na época do Leão. Ao contrário de Marcelo, o técnico do Asa, Paulo Foiani, tem só três anos de profissão. Começou em 2013. Antes era volante e jogou no Icasa em 2011.