Na segunda rodada, o Ceará ganhou do CRB por 3 a 0 em Maceió. Enganosa goleada. O CRB jogou bola; o Ceará fez os gols (dois porque um foi contra). O CRB dominou; o Ceará venceu. O CRB, por falhas isoladas, entregou; o Ceará recebeu. O CRB ofertou; o Ceará agradeceu. Hoje a situação mudou. O Vozão está melhor. O CRB experimentou significativa queda de produção. Ainda assim estão bem próximos, separados apenas por minguados dois pontos. E ingressaram no returno com derrota: o CRB em casa perdeu para o Londrina (0 x 1); o Ceará fora de casa perdeu para o Paysandu (2 x 0) em Belém. Portanto, não se tome por base a goleada aplicada pelo Ceará no Rei Pelé. Ali foi pura ilusão. A Expectativa é de um confronto equilibrado, já pela semelhança dos dois no início do returno.
Consistência
Richardson há garantido ao Ceará mais consistência na marcação. Seu retorno pode levar a meia-cancha alvinegra render mais e melhor. Mas é preciso que fique bem claro: a meia-cancha fica comprometida, quando um só (basta um) não acompanha o ritmo dos companheiros. Foi o que aconteceu em Belém.
Reclamos
Os atacantes do Ceará atribuíram à falta de municiamento a ineficácia da linha de frente, quando da derrota para o Paysandu em Belém. Não se trata de companheiros entregando companheiros. Na verdade, é a cobrança de companheiros pedindo socorro aos companheiros. A interdependência nessa parte é um fato.
Recordando
Década de 1970. Estádio do Ceará em Porangabuçu. A partir da esquerda: o meia Sérgio Redes e o dirigente Raimundo Chaves. Serginho ganhou títulos estaduais pelo Ceará e também pelo Fortaleza. Serginho tinha com referência o médico e ex-jogador Afonsinho, politizado atleta paulista que na época se posicionava contra a ditadura. Faz anos não vejo o querido Raimundo Chaves. (Colaboração de Elcias Ferreira).
Fora
Quando um jogador provoca desnecessariamente sua própria expulsão, está apenando duplamente o seu time: sai da partida em que cometeu o ato e fica fora do jogo seguinte. Observem quão elevado e significativo é o prejuízo. Foi o que Pio aprontou e arranjou em Natal/RN. Taí o técnico Marquinhos Santos com opção reduzida.
Observador
É na ausência que mais se observa o valor de um jogador. Caso de Everton no Fortaleza. Com ele as coisas todas fluem facilmente, correm melhor. Sem ele, é notória a carência de alguém no Pici capaz de garantir o mesmo padrão e eficiência pelo setor onde Everton trabalha. Mas isso não é desculpa para a coletiva queda de produção.
Segurança
Em meio a tantas oscilações do Fortaleza, um atleta há mantido seu padrão e qualidade: Lima. Joga limpo. O árbitro Edivaldo Elias da Silva-PR, que apitou ABC e Fortaleza, viu pênalti onde não existiu, falta onde não houve. E ainda aplicou injusto amarelo no jogador. Pela luta e desempenho invariáveis, Lima é exemplo aos demais que estão no limiar de novos desafios.
Notas & notas. Inexplicável a queda de produção do ala Felipe, do Fortaleza. Foi do máximo ao mínimo em curto espaço de tempo. /// Já no Ceará exceção à regra de oscilação é o goleiro Everson. Há tempo faz a diferença. /// O PV é o estádio mais acolhedor da cidade. O Castelão é maior, moderno, mas, quanto ao acolhimento, ruim. Lá cabine de rádio inexiste. /// Na Série C, o principal artilheiro do Fortaleza é Daniel Sobralense com seis gols. E o principal artilheiro da Série C é Jones Carioca, do ABC, com oito gols.