Tom Barros: ganhar na Baixada é a nova missão tricolor

Legenda: Marcinho foi um dos poucos destaques da etapa inicial
Foto: Foto: Kid Junior

Faltou o Fortaleza vibrante e intenso diante do Athletico-PR. Em casa, no Castelão, o Leão foi burocrático demais e, em momentos, deixou bem à vontade o visitante, que até parecia jogar na Arena da Baixada. Rogério Ceni fez modificações outras vezes. Veio com Boeck, Tinga, Bruno Melo, Paulo Roberto, Araruna, Marlon e André Luís, que não atuaram no jogo anterior. O Athletico veio com poucas modificações. Talvez por isso mesmo chegou a dominar as ações, embora de forma moderada. A rigor, um jogo de pouca qualidade. Para se ter uma ideia, nenhum lance de gol no primeiro tempo. Total escassez de emoção. Na fase final, os primeiros 15 minutos foram de domínio do Athletico, mas daí em diante do Fortaleza assumiu o controle da situação. A entrada de Edinho melhorou os avanços pela direita. Marlon resolveu chamar a si a responsabilidade. Tornou-se o melhor do jogo. Cresceu na participação coletiva, mas perdeu grande oportunidade de gol. Aliás, a única real chance de toda a partida. O empate (0 x 0) não foi bom para o Fortaleza. Ainda assim, está na luta. Ganhar do Athletico na Baixada será a nova missão. Tarefa difícil, mas possível, sim.

 

Finalização

O atacante Everaldo, da Chapecoense, o atacante Ricardo Bueno, do Ceará, e o volante Bruno Henrique, do Palmeiras, são os artilheiros da Série A com três gols cada. Bueno poderia estar tranquilo, dono da posição, como principal goleador. Mas não é bem assim. Grande tem sido a pressão sobre Bueno a cada erro de finalização.

Regularidade

Apontar o melhor jogador do Ceará no momento pode levar a opiniões variadas. Alguns dirão que é Fabinho. Outros dirão que é Samuel Xavier. Outros dirão que é Luís Otávio. Tudo bem. Entretanto, quando se trata de regularidade, creio que a unanimidade apontará o zagueiro Luís Otávio. Ele consegue manter o mesmo padrão sempre, sem oscilações. É preciso como relógio suíço.

Escalação

Costumo dizer que, em determinados momentos, o jogador é quem se escala, não o técnico. Acontece quando ele entra no transcorrer dos jogos e mostra serviço. Ganha a torcida como aliada. Aí o técnico se vê obrigado a escalá-lo de início. No Ceará, Bergson poderá ser um exemplo disso.

O futebol inglês está na final da Champion League com Tottenham x Liverpool. O futebol inglês está na final da Copa da Uefa com Chelsea x Arsenal. A supremacia inglesa alcançou notável êxito este ano, resultado de planejamento exemplar que deixou para trás gigantes como Espanha, Itália e Alemanha.

A Espanha, que já foi dominadora do mundo na época de Cristiano Ronaldo no Real Madrid; que já foi dominadora do mundo com Barcelona de Lionel Messi, hoje contempla a predominância inglesa em todos os sentidos. A França, campeã mundial de seleções, também foi passada para trás pelos ingleses.