Tom Barros: Experiência coral

Pela ausência de dois anos na Série A, o Ferroviário deixou a impressão de que seu time para 2017 viria todo das bases, carente de uma maior experiência. Mas não é bem assim. Há jogadores que atuaram em centros competitivos: goleiro Gustavo, Sorocaba/SP; Jeanderson, (Portland Timbers/ EUA; Raul Muller,Concepcion/ Paraguai e Marilia/SP; Erandir, Atlético/PR, Atlético/GO e São Caetano/SP; Jonathas Cotia/SP, Francana/SP e Sertãozinho/SP; Carlos Alberto, Madureira/RJ, Bangu/RJ e Macaé/RJ; Valdeci, Portuguesa/SP; Assisinho, Botafogo/SP, Guarani/SP e Oeste/SP; Maxuell, Palmeiras/SP; Vitinho, Red /SP e Pato Branco/PR. Conclusão: o time coral não é composto só por noviços. Há muitos com boa gama de experiência.

Dificuldades

Nos dois jogos Ceará x Guarani de Juazeiro, ficou comprovada a dificuldade do Leão do Mercado diante do alvinegro. No primeiro jogo, ainda pela fase classificatória, deu vitória do Ceará (1 x 0). Já nesta semifinal, empate (0 x 0). Observem: os dois jogos foram no Romeirão onde teoricamente o Guarani teria suas vantagens.

Injusto

No primeiro jogo (Guarani 0 x 1 Ceará), o placar foi injusto. Em momentos o Guarani até esteve melhor, mas pecou muito nas finalizações. Castigo. Esses fatores contribuíram para o Ceará ficar numa situação bem mais favorável nos dois jogos que restam, ainda mais porque no Castelão. O Guarani entra como azarão.

Recordando

Vanor Cruz, atacante do Fortaleza. Esta foto, creio, foi batida na década de 1960, antes de um treino no então campo do Pici (hoje Estádio Alcides Santos). Vanor foi cria do técnico Moésio Gomes, que montou famosa escolinha reveladora de outros bons jogadores como o atacante Facó. Hoje Vanor Cruz é médico. Em 1997 ele montou um time, o Uniclinic. Sagrou-se vice-campeão cearense no ano passado. (Álbum de Elcias Ferreira).

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Explicação

Aos queridos torcedores do Guarani eu quero dizer que azarão não é palavra pejorativa, que dimunua o valente Leão do Mercado. A rigor, como está no dicionário, é o competidor que ganha de um concorrente por todos considerado bem mais habilitado. Portanto, no caso, é semelhante a uma zebra.

É bom

Muitas vezes, de certo modo é bom um time entrar como azarão porque transfere toda a responsabilidade de vitória para o adversário, ou seja, o Ceará. Este, sim, sofrerá pressão da torcida se as coisas não correrem bem durante o jogo. O azarão assume o papel de franco atirador e fica mais à vontade, tranquilo.

Escalada

Ricardinho inteiro. E vai alcançando o ponto ideal exatamente no instante em que dele o Vozão mais precisará. Elogiável o trabalho do departamento médico e do departamento de fisioterapia do Ceará. Programa elaborado com gradual exigência para mais. E assim, por etapas, o atleta conseguiu voltar. E voltar bem. Tudo calculado cientificamente. Parabéns!

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Simplificação. No jogo passado o Fortaleza esteve confuso na escalação e na produção. Quero crer que Marquinhos Santos poderia simplificar. Everton e Ronny tentarem entender a permuta de posições, mas, pelo visto, não entenderam. Rodrigo Andrade, que agora poderá formar no ataque com Lúcio Flávio, entrou atônito e assim ficou até o fim do jogo. Rodrigo, numa situação mais definida, poderá render muito mais. Simplificar, Marquinhos, eis a questão.