Os salvadores. Os milagreiros. Técnicos chegam, trazendo a esperança de dias melhores. Dias de vitória, de realizações, de títulos, de ascensão. Os dois maiores times do Estado e também maiores rivais passam por transformações em suas comissões técnicas. Volta Marquinhos Santos. Vem Givanildo Oliveira. O primeiro diz que vem concluir um trabalho que, por motivos até agora ainda questionados, não terminou no Pici. O segundo vem para um namoro que o alvinegro quis, insistiu há muitos anos, mas só agora se concretiza. Quanto a dar certo ou não, os segredos do futebol não permitem antecipações. As circunstâncias é que determinarão o destino de cada um, se para a glória ou para a frustração. Eles estão chegando.
Trabalho
No caso de Marquinhos Santos, favor não perguntar o que o levou a ir embora de repente. Sempre ficará uma dúvida no ar. Melhor mesmo é concentrar indagações sobre o que pretende fazer para dar ao Fortaleza um padrão de jogo definido. Se conseguir, ao torcedor pouco importará saber o que houve no passado, mas sim o que há no presente.
Na fila
Quando Marquinhos chegou, o desafio colocou na fila Ceará, Sport/PE e Flamengo/RJ. Ganhou tudo e caiu nas graças da torcida. Agora terá pela frente Moto Clube, amanhã, já em São Luís pela Copa do Nordeste e no sábado encara o Tiradentes no Castelão pelo Campeonato Cearense, desafios menores que os de sua primeira passagem.
Recordando
1950. Três craques da Seleção do Rio de Janeiro e que também brilharam na Seleção Brasileira. A partir da esquerda: Zizinho, Baltazar e Jair Rosa Pinto. Detalhes: Zizinho e Jair participaram na decisão da Copa do Mundo de 1950, quando o Uruguai sagrou-se campeão, na maior tragédia do futebol Brasileiro. Baltazar, na mesma Copa, jogou no empate Brasil 2 x 2 Suíça no Pacaembu e marcou um dos gols. (Álbum de Elcias Ferreira).
Liderança
Givanildo Oliveira recebe um Ceará líder e com elenco pleno de alternativas. Como Marquinhos Santos na primeira passagem pelo Leão, Givanildo pega logo de cara o Flamengo/RJ pela Primeira Liga. Pouco tempo para os ajustes. E já na semana seguinte encarará o Grêmio de Porto Alegre. Só barra pesada. Certame cearense apenas em março.
Imprevisível
A vida de treinador é uma incógnita sempre. Imprevisível prever quem alcançará êxito ou não. Os fatores que levam aos resultados positivos ou negativos oscilam demais. Ora o técnico é levado ao rol dos heróis, ora é levado à execração pública. Qual a sina de Givanildo e Marquinhos? Só o tempo dirá...
Saudade grande
Zildemar Façanha cresceu vizinho ao PV. No campinho de sua casa na frente do estádio, ele adolescente descobriu o futebol e o Ceará, sua paixão. Gentilandino de fé, de carnavais, de papo, de amigos. Professor Zildemar nos deixou de repente. Hoje, às 19 hs, na Igreja de Nazaré, Missa da Esperança. Familiares e amigos em orações. Ficou a saudade.
Notas & notas. Finalizando a pesquisa de Eugênio Fonseca sobre desportistas que foram presidentes de dois clubes de futebol, cito Paulo Vagner (Ferroviário, 2008/2009 e Horizonte); Valmir Araújo (Ferroviário 2001 e 2017 e Quixadá); Zacarias Silva (Guarani/ 1990 e Icasa/1995); Heitor Ribeiro (Fortaleza, 1938/ Penarol, 1939 e 1948/ Ferroviário, 1940/1941 e Gentilândia, 1965/1966; e Agapito dos Santos Sátiro (Fortaleza, 1943 e Gentilândia, 1957).