Para o Ceará, a partir de agora, cada jogo será decisão de vaga. Teoricamente, noto que todos estão contando com seis pontos nestas duas partidas em casa. E é muito natural que se pense assim. Tropeço diante do Oeste será o fim porque minará mais ainda um grupo que, pelas próprias circunstâncias, anda oscilante. O Ceará precisa ter mais confiança no seu potencial. As vacilações me parecem resultado de um sentimento de insegurança coletiva. Verdade que o alvinegro tem seus pontos vulneráveis. Um deles é a defesa. Mas entendo que um melhor trabalho de proteção na meia-cancha poderá reduzir as o índice de erros atrás. Em casos assim, não raro a força de vontade, o empenho, o compromisso, o coração, a busca incessante e o árduo desejo conduzem à superação. É por aí.
Exemplo
O time titular do Ceará teve exemplo de superação dado pelo time reserva nos dois jogos com o São Paulo. Embora tecnicamente inferior, foi capaz de ganhar do São Paulo no Morumbi e só se curvou no Castelão quando ficou com um jogador a menos. Ora, se os reservas fizeram isso, por que razão os titulares não podem fazer mais ainda?
Sequência
É bom que fique bem claro: nas circunstâncias em que se encontra o Ceará, só mesmo uma sequência significativa de vitórias, aqui e fora de casa, poderá oferecer ao alvinegro a margem de que precisa não apenas para livrar-se de vez da zona maldita, mas para trafegar com tranquilidade na faixa intermediária, que não rebaixa.
Recordando
No Rio de Janeiro, nas Laranjeiras, desde 1902, o Fluminense edificou a sua história de glórias e títulos. Os cearenses Humberto Mendonça (E) e seu filho, Humberto Antonio (Tom), torcedores apaixonados, foram visitar o clube de seus corações. Documentaram a presença na Sala de Troféus, onde, empolgados, viram as taças de títulos inesquecíveis, dentre as quais as dos títulos de campeão brasileiro de 1984, 2010 e 2012.
Reta final
O Fortaleza cumpriu muito bem a sua missão na fase classificatória. Em momentos diferentes, vários jogadores se destacaram. Houve o momento de Corrêa, o momento de Maranhão, o momento de Adalberto, o momento de Pio, o momento de Daniel Sobralense, o momento de Everton, o momento de Auremir...
Ação coletiva
Agora chegou o momento de todos brilharem juntos e não de forma isolada. Os destaques em uma ação coletiva. Se assim for, não tenho dúvida em afirmar que o Fortaleza está pronto para subir. Já imaginaram se no mesmo jogo, não em partidas diferentes, todos resolveram aplicar ao máximos de seus talentos? Ninguém segurará o Leão.
Confiança
O gol de Lúcio Maranhão, o do empate do Fortaleza com o Botafogo/PB (2 x 2), pode ser o que faltava ao atleta para retomar a confiança. Há artilheiros que, quando em jejum, padecem grave abatimento. Mas logo retomam a capacidade plena quando voltam a assinalar tentos. Queira Deus que agora ele volte à tranquilidade nas futuras conclusões.
Saudade do Guri. Morreu César Moraes, um dos mais competentes treinadores que conheci. Campeão em vários estados brasileiros. No Pará brilhou tanto quando aqui, com notáveis conquistas. Além da competência, destaco no Guri, como era carinhosamente chamado, o elevado caráter, o respeito, a humildade, sentimentos puros de um homem voltado para os bons valores da vida. Fiz muitas viagens com ele. Aprendi muito com ele. E dele guardarei eternas lembranças. Pêsames à família.
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