Ouvi os projetos dos três candidatos à presidência do Fortaleza. Num ponto, consenso: prioridade será subir o Leão para a Série B nacional. Diferentes, porém, os meios propostos por Jorge Mota, Renan Vieira e Alexandre Borges para alcançar tal objetivo. Embora diversificados os caminhos, há pontos que se tocam, até porque o alvo é um só. As propostas de campanha geralmente recebem uma embalagem ornamentada. Entretanto, quando da execução nas circunstâncias reais, têm de passar por adequações que não raro as modificam muito. De qualquer forma, estão aí os nomes para a escolha por parte dos sócios eleitores. Nomes que merecem o máximo respeito pela seriedade com que encaram o futuro do Fortaleza. A consciência e liberdade de escolha conduzirão o resultado ao melhor caminho.
Argumentos
O último dos três candidatos entrevistados pela TV Diário foi Renan Vieira. Ele disse que, na sua gestão, deixou em caixa algo em torno de R$ 1.300.000,00. E disse que as dívidas trabalhistas não foram do tamanho que a situação agora expõe. Ele lembrou o tetra que deu ao clube e a ingratidão de que foi vítima na época.
Diferença
Renan Vieira mostrou que na sua gestão a CBF não bancava a Série C. Ele teve de bancar praticamente sozinho a presença do Fortaleza nessa competição nacional. E ninguém o ajudava. Renan lembra que, diferente de seu tempo, agora a CBF banca tudo. Mas mesmo assim os atuais dirigentes não conseguiram fazer o Leão subir.
27 de novembro de 2006. Sede do Ceará Sporting Club. A partir da esquerda: Miro Alencar (na época como procurador do jogador Clodoaldo), o técnico Dimas Filgueiras e o supervisor Alberto Damasceno. Faz tempo não vejo o jornalista Alberto Damasceno com quem trabalhei nos Diários Associados. Ele era comentarista da Ceará Rádio Clube e assinava a coluna "Envenenadas" no Correio do Ceará.
Equilíbrio
Cuidei, nas recentes colunas, de mostrar em resumo o pensamento e declarações dos três candidatos tricolores. O que expuseram no programa A Grande Jogada da TV Diário. Usei de isenção. Mostrei a grande experiência de Jorge, que já subiu o time para a Série A nacional, o notável tetra de Renan e a proposta inovadora de Alexandre.
Escolha
A responsabilidade agora está com os conselheiros, dirigentes, torcedores, enfim, todos os que, de um modo ou de outro, terão influência nos destinos do clube nos próximos dois anos. O desafio é grande, independente de quem ganhar. Quem conseguir sair do trauma de setes anos de mata-mata será levado à galeria dos heróis.
Recomposição
Gilmar Dal Pozzo, novo técnico do Ceará, sofreu muito com a tragédia chapecoense, já por suas ligações sentimentos com o time que ele conduziu à Série A. Há que se reconhecer: até Dal Pozzo se recompor do golpe da tragédia, demandará tempo. Depois, vida que segue. Assumirá o desafio de subir o Ceará para a Série A nacional. Ele conhece o caminho.
Técnicos. Nos 24 jogos de seleções brasileiras em 2016, tivemos quatro treinadores. Na seleção principal foram 12 jogos e dois técnicos: Dunga (6 jogos, 2 vitórias, 3 empates) e Tite (6 jogos, 6 vitórias, assumindo por isso o primeiro lugar nas eliminatórias). Na seleção olímpica masculina, Rogério Micale ganhou medalha de ouro (6 jogos, 3vitórias e 3 empates). Na seleção olímpica feminina, o técnico Vadão comandou o time (6 jogos, 2 vitórias, 3 empates, 1 derrota). Não obteve medalha. (Dados: Airton Fontenele).