No atual estágio do futebol nem sempre é fácil a relação profissional entre técnicos e cronistas. Domingo passado em São Paulo houve um mal-estar entre Vagner Mancini, técnico do Vitória, e o repórter Felipe Garraffa. Ainda bem no dia seguinte vieram os pedidos de desculpa e a situação foi contornada. Há alguns meses, o então técnico do Ferroviário, Vladimir de Jesus, criou embaraços para a repórter da TV Diário, Denise Santiago. Ela viveu momentos delicados em decorrência da precipitação do treinador. Já Givanildo Oliveira, com sua carranca, deixava os cronistas pisando em ovos nas coletivas. Correto é haver respeito de parte a parte. Divergência e decência podem e devem caminhar juntas.
Papo agradável
O técnico do Ceará, Marcelo Chamusca, tem bom relacionamento com os cronistas esportivos. Desde quando trabalhou no Fortaleza, Chamusca sempre os atendeu bem. Até hoje não vi nessa parte sequer uma reclamação contra ele. Pode ter seus momentos fechados, mas isso é natural.
Papel digno
Não sei como é o relacionamento entre o novo técnico do Fortaleza, Antonio Carlos Zago, e os cronistas esportivos. Sei que em sua carreira se envolveu em casos polêmicos, mas depois declarou-se para sempre arrependido. É bom quando alguém reconhece que errou. Bola para frente, Zago. Sucesso na missão.
Recordando
Década de 1950. A parir da esquerda: o 1º, João Ramos, notável narrador esportivo, radioator e teleator; o 3º, técnico e ex-jogador Jombrega; o 4º, famoso comentarista e diretor de rádio e televisão Afrânio Peixoto. Trabalhei com João Ramos, pessoa admirável. Afrânio foi meu querido e inesquecível diretor. (Colaboração de Nonato Holanda).
Simplificação
Na minha avaliação, a melhor meia-cancha do Ceará é a composta por Raul, Richardson e Ricardinho. Melhor ainda se na linha de frente estiverem Lima, Elton ou Artur e Lelê. Prefiro entender que a defesa que levou quatro gols do Boa Esporte (poderia até ter levado mais) não repetirá aquela fracassada atuação.
Reafirmação
Sustento o meu ponto de vista: comete grave erro de avaliação quem ordena o desgaste de Magno Alves em jogos da Taça Fares Lopes. Correto seria deixá-lo na melhor condição para entradas emergenciais nas disputas da Série B. A não ser que queiram gradualmente antecipar a aposentadoria dele. Sejam sinceros.
Produção
Diante do Náutico, espera-se que Lima reassuma seu papel no Ceará, ou seja, fazer com que seu vistoso futebol volte a pontificar. Em Varginha, Lima, como os demais atletas, ficou muito abaixo do esperado. Do ritmo dele e de seu trabalho na frente da área adversária muito depende o Vozão.
Segurança. Os treinadores querem uma legislação que garanta a eles maior permanência nos times. Cansaram da exposição que os deixa à mercê dos resultados. Não mais aceitarão as demissões como agora acontecem. Lutarão por melhores garantias. Estão certos, mas terão de ralar muito para alcançar esse desiderato. Creio que só mesmo multas elevadas garantirão aos técnicos permanência mais longa. Fora isso, os resultados em campo continuarão sendo os fatores de definição: ganhou, fica; perdeu, rua.