Tom Barros: Destino incerto

Cada vez mais me convenço de que os campeonatos estaduais caminham para a extinção. É lamentável, mas essa constatação ganha consistência na medida em que a maioria das federações não o promove como deveria. As federações ficam mais na contemplação dos fatos que na ação promocional. Pior ainda: não há algo novo capaz de despertar o interesse pela competição. Há, pelo contrário, um rosário interminável de lamentações e de fraqueza, fato que vem afastando times tradicionais como Icasa e Ferroviário. Vejo os "estaduais" nos estertores como os pacientes das UTIs. É respiração por aparelhos, emitindo aquele som que assusta os desacostumados com tal procedimento emergencial. Como sair de situação assim? Destino incerto.

Rumo

A Série B cearense começou a ser cenário de galhofa como está agora a Série A: dificuldades financeiras, desorganização. Das desistências de uns ao "WO" de outros, o descrédito foi tomando conta da nossa segundona. Daí a desmoralização que a levou à ridicularia. A Série A ainda tem panos para as mangas, mas quase nada.

Fato inusitado

Houve uma época em que a Federação Paulista, creio que no tempo de Mendonça Falcão, contratou jogadores para os times menores, visando a qualificá-los melhor. Entendeu que assim faria um campeonato mais equilibrado e atraente. Foi uma maneira de fortalecer o certame. Se correto ou não, isso é outra história. Mas pelo menos não ficou inerte.

Recordando

1973. Seleção de futebol de salão do Município de Orós. A partir da esquerda (em pé): Maninho, Loló, Raimundo, Picarete, Cícero, Pedro e Didi. Na mesma ordem (agachados): Sidney, Augusto, Serginho, Sérgio, Celino e Chagas. Desse grupo, Maninho, Pedro, Sérgio e Serginho nasceram na Gentilândia. Serginho, hoje empresário do setor de ar condicionado, é irmão do Rominho, ex-goleiro do Fortaleza.

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Montagem

No Ceará, Rafael Pereira, Luiz Otávio, Everton Silva, Ricardinho, Romário. Na comissão Gilmar Dal Pozzo, Marcelo Segurado. Preparador físico Jorginho de volta. As referências gerais são muito boas. Os currículos também são qualificados. Agora é esperar que na prática tudo funcione bem. No futebol o que vale é o momento.

Montagem II

O Fortaleza contratou os goleiros Marcelo Boeck e Matheus. Renovou com Rodrigo Andrade. Contratou o zagueiro Heitor, 27 anos. Antes já havia sido contratado o executivo de futebol César Sampaio. Depois chegou o técnico Hemerson Maria. Enfim, providências para os desafios, máxime o da Série C. Vale também o momento.

Positivo

Alano Maia, eleito presidente da Apcdec em abril deste ano, fecha 2016 com saldo positivo em todos os aspectos. A valorização dos profissionais do setor, mediante melhor qualificação, é meta que ele sempre buscou. Assim procura honrar o cargo que já teve no comando nomes como Afrânio Peixoto, Cid Carvalho, Gilvan Dias, Colombo Sá, dentre outros.

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Retrospecto. Em 2016 o futebol brasileiro esteve representado por três seleções: Principal (1º lugar nas Eliminatórias), Olímpica Masculina (Ouro) e Olímpica Feminina (4º lugar). A seleção principal utilizou 33 atletas. A Olímpica Masculina usou 17, dos quais sete também na principal. A Olímpica feminina usou19. Dos 62 atletas de ambos sexos, o único que atuou em todos os 18 jogos (12 pela principal/4 gols, e seis pela Olímpica) foi o meia Renato Augusto, do Beijing Guoan (CHN). Dados: Airton Fontenele.