A estreia de Givanildo Oliveira pelo Ceará e a de Marquinhos Santos pelo Fortaleza ficaram dentro das expectativas, ou seja, ainda não possível sentir a influência de ambos na produção das equipes. Não houve tempo hábil para o grupo absorver as novas filosofias de trabalho. Aliás, numa entrevista antes da estreia, o próprio Givanildo antecipou a impossibilidade de metamorfose nesta fase de conhecimento melhor da qualidade do elenco. Situação semelhante à de Marquinhos Santos. Portanto, tempo ao tempo para mudanças de postura, de comportamento, de proposta, de objetivos, de compromisso. Qual o tempo exato para que tudo isso aconteça não há como prever. Alguns grupos são rápidos na adequação. Outros demoram mais a assimilar. Aguardemos, pois.
Estalo
Na aviação, há o que se chama "estalo", isto é, o aluno, de repente, percebe que aprendeu a voar e é capaz de pilotar sozinho. Aí a "mão doce" do instrutor, segundo o aluno, já passa a atrapalhar. O aluno passa a querer decolar sozinho e conta a hora para que isso aconteça. Assim no futebol: há times que, num "estalo", descobrem o caminho.
Exemplo
Mostro casos concretos de "estalo". Quando no ano passado Marquinhos Santos assumiu, houve como que um toque mágico. Com poucas modificações, o Fortaleza passou a ganhar de todo mundo. Vejam Tite na Seleção. Mesmo com boa parte do time de Dunga, Tite levou a Canarinho ao "estalo" que a conduziu à liderança nas eliminatórias.
Recordando
Há dias essa foto foi publicada com um equívoco. Citei que o atleta entre Zizinho e Jair Rosa Pinto era Baltazar, famoso atacante do Corinthians. Logo os pesquisadores cuidaram de apontar o engano. Na verdade trata-se de Leônidas da Silva, o Diamante Negro, artilheiro da Copa do Mundo de 1938 na França. Airton Fontenele afirma que esta foto foi batida em 1940, quando os três integravam a Seleção do Rio de Janeiro.
Nível
Após observar o nível da Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Cearense, percebi que não há nenhum time praticando futebol excepcional. Há, sim, uma busca por parte de todas as equipes, visando a alcançar a sintonia fina. Agora é esperar para ver que avanços Givanildo e Marquinhos poderão dar às suas equipes.
Desistência
Fui sondado para ter meu nome dado a uma competição entre todas as escolinhas da cidade de Fortaleza. A princípio aceitei o argumento do interlocutor do ex-jogador Juninho. Mas depois soube que houve divergências e algumas escolinhas ficaram fora. Assim, agradeço a intenção da homenagem, mas prefiro declinar do convite.
Só dois
Dos dez técnicos que iniciaram seus trabalhos no início da Série A cearense este ano, oito já saíram. Só dois permanecem. Um deles, Washington Luís (foto), que faz consistente trabalho no Guarani/J. Washington tem sabido explorar bem o potencial do grupo, máxime de Adenilson, Ronda e Leilson. O outro técnico que não caiu foi Reginaldo França, do Maranguape.
Notas & notas. Inaceitável que um jogo Ceará x Flamengo não lote o Castelão. São dois times de massa, amigos. É o caso de perguntar: para que serve mesmo uma praça esportiva com 67 mil lugares? /// Quando os ventos sopram a favor, tudo dá certo. O Maranguape ganha jogo até quando não merece. Foi injusta a sua vitória sobre o Uniclinic. Correto teria sido o empate. /// Ganhar do Grêmio em Porto Alegre é sempre muito difícil, mas não impossível, a não ser que tenha um Godoy no apito...