O Ceará, que já experimentou de passagem o gosto de estar na liderança da Série B, pode assumir de vez essa posição na atual rodada. Para isso terá de ganhar do Paraná em Curitiba e o Vasco ser derrotado pelo Criciúma em São Januário. Pretensão demais? Não, nada disso. Realidade viva. O time tem de ousar. Pode e deve ousar. Há algumas rodadas isso era impossível, utopia mesmo. Agora é plano realizável, alcançável. O Paraná, comandado pelo técnico Marcelo Martelotte, faz campanha na faixa intermediária. Está há três jogos sem vencer. Outro detalhe: no "Vila Capanema", seu estádio, local do jogo de hoje, não vence há duas partidas: empatou com o Avaí (0 x 0) e com o Paysandu (0 x 0). Há amplas possibilidades de o Vozão obter resultado favorável lá.
Chances
Bill fora. Foi muito azar sofrer contusão justo no momento em que estava na melhor fase. Volta Rafael Costa. Sofre jejum de gols e pressão da torcida. Como o jogo será em Curitiba, livra-se da pressão direta. Se tiver Wescley como parceiro e Diego Felipe chegando mais à frente, suas chances de assinalar gols será bem maior.
Repetição
O modelo tático usado pelo Ceará na vitória sobre o Vila Nova em Goiânia é o ideal para encarar o Paraná em Curitiba. Como o Paraná está sem vencer há dois jogos em casa, a própria pressão da torcida o fará subir ao ataque. Questão de necessidade. Aí o Ceará terá tudo para trabalhar bem a peça ofensiva, tal como fez em Goiás.
Recordando
Fortaleza Esporte Clube. Juvenil de 1972. A partir da esquerda: Reginaldo, Luís Caucaia, Alexandre, Cláudio, Neuzindo, Henrique, Aroldo, Paulinho e Jeová. Desses, vários subiram para o time principal. O lateral-direito Alexandre destacou-se tanto que alguns anos depois foi campeão brasileiro Série A pelo Guarani de Campinas/SP. Aroldo, Paulinho e Jeová também brilharam no time titular. Álbum de Elcias Ferreira).
Próximo
O Fortaleza conquistou em campo a vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Legítima vaga. Já a turma que vem da disputa da Libertadores (Atlético/MG, Corinthians, Grêmio, Palmeiras e São Paulo) ingressa na Copa pela janela de um regulamento esdrúxulo. Casuísmo imposto pela CBD de determinado tempo para cá.
Mistura indevida
O ingresso na Copa do Brasil da turma que vem a Libertadores não tem sentido. É desvirtuamento da pureza existente na Taça Brasil, de quem a Copa do Brasil é sucedânea. Correto seria contemplar apenas os campeões e vice-campeões estaduais como na antiga Taça Brasil. Esses arranjos são ridículos e têm outros interesses.
Artilheiro
Faz bem ao esporte o fim do jejum de um artilheiro. Anselmo voltou a assinalar gol. Retomada da paz de espírito, fim da pressão. Agora é relaxar e deixar a sequência de gols fluir normalmente. Ele já estava preocupado. O próximo desafio é o Confiança, domingo, às 19 horas. Aí Anselmo já encontrará situação bem tranquila, favorável à sua atuação.
CASA CHEIA. A promoção de ingressos a preços populares feita pelo Fortaleza levou excelente público ao Castelão. Foram 40.203 pagantes. Isso numa quinta-feira à noite no distante estádio. Ingressos a R$ 20,00 e R$ 10,00 no anel superior, com mulher pagando só R$ 10,00 em qualquer setor. Antes o Ceará colocara 18.183 pagantes no PV no jogo com o Botafogo/PB, usando igualmente o expediente do ingresso a preço popular. Porque não continuam essas promoções, já que há amplos espaços nos estádios?
