O Fortaleza ganhou. Um golaço de Gabriel Pereira, após vacilo do goleiro Everson. O Ceará começou melhor. Na fase inicial, tomou a iniciativa e criou boas chances. A melhor delas na conclusão de Sandro, de cabeça. O Fortaleza finalizou um vez com perigo numa bomba desferida por Anderson Uchoa. Na fase final, um fato mudou a fisionomia da partida: a expulsão de Lelê no início. Aí o Fortaleza tomou conta do jogo. Fez 1 a 0 e poderia ter ampliado. Não entendi a saída de Magno Alves, a não ser que tenha sido por exaustão. O Ceará precisava de gols e a saída de Magno deixou mais tranquila a defesa do Fortaleza. A expulsão de Gáston, já no fim, pouco influenciou. O Fortaleza tinha o controle do jogo. Saiu das vaias dos jogos passados aos aplausos ao final do clássico.
Repercussão
A vitória do Fortaleza pode conduzir a torcida a uma reflexão. Faltou paciência e sobrou precipitação nas vaias aplicadas no clássico com o Ferroviário e na vitória sobre o Guarani de Juazeiro. O Leão na verdade não atuara bem nesses dois jogos, mas as vaias traduziram exagero no protesto. A resposta o time deu ontem.
Estreia
Lúcio Flávio sempre esteve muito marcado. Não teve sequer uma chance clara de gol. Uma coisa é estrear em jogos contra times menores. Outra coisa é estrear num clássico diante do maior rival. A avaliação fica para as próximas jornadas. Decididamente não deu para formar um juízo seguro sobre o atual momento do atleta.
Recordando
Década de 1960. A partir da esquerda: Marcelo Rocha e Darlan. Detalhes: Marcelo começou no juvenil do Gentilândia. Em 1963, subiu para o time principal. Em 1965 transferiu-se para o Tiradentes, onde encerrou a carreira. Darlan foi bom zagueiro. Durante muitos anos morou em Mondubim, ao lado da igrejinha, onde sua família tinha bela casa. Irmão do Aristóbulo e do Chico Quevedo, meus amigos do Liceu do Ceará.
O golaço
Nome do jogo é o que define a partida. Gabriel Pereira definiu. O seu gol teve a marca da frieza de quem em um segundo executa o chute com a potência certa e a direção exata. O cálculo de tempo e espaço capaz de evitar que o adiantado goleiro volte a tempo de fazer a defesa. Gabriel fez exatamente isso. E de forma muito consciente.
Garantia
As substituições feitas por Hemerson Maria foram compreensivas. Como o Ceará tinha um jogador a menos e precisava subir, ele colocou Bruninho, jogador de velocidade para os contra-ataques. Colocou Allan Vieira para dar mais consistência atrás. Não imaginou que Gáston iria também fazer a bobagem de ser expulso.
Resultado
O Ferroviário não jogou bem em Juazeiro. O Guarani foi melhor nos dois tempos e merecia até ter conquistado a vitória. Ficou no empate de bom tamanho para o Ferrão. Marcelo Vilar não conseguiu neutralizar o modelo do Guarani que jogou em cima e impediu todas as iniciativas do Ferrão. Agora é o time coral esperar o Maranguape, dia 25, quarta-feira, às 21 horas, no Domingão
Notas & notas. Início muito bom para Sérgio Alves na função de técnico do Tiradentes. Duas vitórias seguidas: (2 a 1 no Itapipoca e 4 a 2 no Uniclinic). /// Mal terminou o jogo no Castelão, os jogadores do Fortaleza logo concentram as atenções na estreia do time na Copa do Nordeste. Na quinta, às 22h30, no Castelão, recebe o Bahia. Desafio para Hemerson Maria: mais de um clássico por semana. Estreou no dia 15 diante do Ferroviário. Ontem enfrentou o Ceará. Quinta, dia 26, já pega o Bahia. Não é fácil.
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