Faltam dez dias para começar o Campeonato Cearense de futebol. Será a 103ª edição de uma competição que, segundo o site da FCF, começou em 1915. Há, portanto, uma tradição secular. Não sei como existe quem queira extinguir os certames estaduais. Nestes, a origem de tudo, o encanto e a beleza de um tempo que era simultaneamente profissional e amador. E mesmo com ares de amadorismo, não passava pelos vexames hoje vistos. Não havia "wo" em profusão nem estádios condenados por falta de vistoria. Já, já a bola voltará a rolar. Dia 15 próximo, um clássico para matar a saudade do Ferrão. Um clássico tricolor à moda antiga. E daqui vai o pedido de um saudosista: se possível, os dois times com seus uniformes tradicionais. Contagem repressiva.
Locais
A maioria dos estádios, que serão palco dos jogos do Campeonato Cearense, ainda não foi liberada. Na tabela da FCF nada consta sobre os locais das partidas. Pelo visto, teremos a mesma ladainha dos anos anteriores, ou seja, a pressa para liberação, tudo feito de última hora. Num futebol profissional isso é inadmissível.
Organização
Numa parte, a Copa São Paulo Júnior dá uma baile de organização. Se pecou, porque inchou demais, em compensação todos os estádios, nas mais diferentes cidades, apresentam-se com gramado perfeito e acomodações adequadas, tudo liberado pelo setor de segurança. Aqui, com poucos estádios para cuidar, ainda há todo ano essa desídia.
Olha aí o Marcelo Vilar quando ainda era jogador. 1982. Time do Ceará. A partir da esquerda (em pé) Cicero Capacete, Nagel, Lulinha, Nicácio, Ramon, Aristeu Holanda, Caiçara, Volney, Mazolinha, Mozart, Bezerra, Josué (agachado) e Marcelo Vilar, que hoje é treinador do Ferroviário. Sentados: Zé Luiz, Hamilton Silva, João Carlos, Valdemir, Jorge Luiz, Alves e Júlio (mordomo). Júlio permanece no alvinegro até hoje.
Público
Pelo que vi de público presente no Estádio Carlos de Alencar Pinto e no Estádio Alcides Santos nesses primeiros dias de treino, só posso prever um certame casa cheia, máxime quando em ação esses dois times. Isso prova que, se houver empenho na divulgação através da mídia, o certame poderá alcançar resposta financeira positiva.
Recuperação
Louvável o apoio dado pelo técnico Gilmar Dal Pozzo ao atacante Rafael Costa, que há muito perdeu o caminho do gol, apesar de todas as preces. Quem sabe não desaprende. ÀS vezes o ambiente interno não está favorável; às vezes questões familiares atrapalham. Se Gilmar dal Pozzo resolver isso, terá boa opção no comando do ataque.
Confiança
Conheço Marcelo Vilar desde a época em que ele era jogador. Vi o início de sua carreira como técnico de futebol e sua devoção ao ofício. Daí seu sucesso. Não tenho dúvida de que saberá extrair do grupo sob seu comando o que há de melhor. Grande vantagem de Marcelo: olho clínico nas bases. Quem, como ele, já foi campeão da Copa São Paulo de futebol júnior sabe disso.
Caixa de entrada. Há dias publiquei foto de um mascote coral, garoto não identificado que no PV, na festa do Ferroviário campeão de 1968, estava com a faixa de campeão. Para minha surpresa, ele entrou em contado comigo. Trata-se de Rui Leite Barbosa Júnior, filho de Rui Leite Barbosa, neto de Valdemar Cabral Caracas, que dispensa apresentações, e pai de Rui Leite Barbosa Neto, que fez parte, da diretoria coral. Em breve publicarei foto atual do Rui ao lado da foto de 1968.
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