Tom Barros: Cobrança de um sorriso

Givanildo Oliveira, velho conhecido. Eu o admiro desde o tempo em que brilhou como volante pelos campos de futebol do Brasil. E chegou à Seleção Brasileira. Depois, como treinador, eu o acompanhei mais de perto. Na época em que ele veio treinar o Fortaleza, Givanildo mantinha um ar muito fechado. Às vezes, turrão mesmo. Passei na coluna a cobrar do treinador uma postura mais light. Mas nada de mudança. Certa feita, pelo Campeonato Cearense o Fortaleza foi a Boa Viagem enfrentar o time do município. Eu fui narrar o jogo pela TV Diário. Ao entrar num restaurante, lá encontrei o médico Dias Júnior, meu amigo, que estava então engajado na vida tricolor. Ele me levou à mesa em que estava Givanildo. Quando lhe fui apresentado, Givanildo sorriu. Nada mais a fazer. 

Trabalho

Givanildo tem história de sucesso como treinador. No currículo, incontáveis ascensões. Assume o Ceará, herdando a liderança no “estadual”, deixada por Gilmar Dal Pozzo. E um desafio maior: levar o Ceará de volta para a Série A do Campeonato Brasileiro. Sua competência é indiscutível. Agora é esperar a resposta em campo.

Praxe

Está provado: no futebol cearense, só mesmo em raras exceções técnico que assume time grande no começo do ano chega no comando ao final do Campeonato Cearense. Geralmente é demitido no transcorrer do certame estadual. Agora mesmo, Dal Pozzo vinha líder do “estadual”, mas não escapou da pressão e da queda. <HS2>

Família tricolor

O Fluminense do Rio de Janeiro gera paixões pelo Brasil a fora. Seu hino, na minha opinião, o mais bonito dentre os hinos dos clubes brasileiros, é obra inspiradíssima do notável Lamartine Babo. Na foto uma família que veste a camisa do tradicional clube carioca. A partir da esquerda: Gabriel, Humberto Mendonça e Lucas, na comemoração do aniversário de Humberto. Aqui, só o Calouros do Ar usa uniforme semelhante ao do Flu.

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Transição

Comete grave erro quem persiste numa possível comparação entre o atual time do Fortaleza e o time do ano passado. São situações completamente diferentes, a partir mesmo da composição dos elencos. O período de transição é exatamente o instante em que o time ainda está buscando a sua identidade. Requer redobrada atenção.

Sensação

Guarani de Juazeiro tem sido a surpresa positiva do futebol cearense neste 2017. Mas é preciso que o técnico Washington Luiz cuide de chamar o grupo à realidade, não deixando que algum deslumbramento possa mudar o foco das atenções em cada jogo. O time está bem. Tem conjunto e valores individuais, mas nada de comemorações antecipadas.

Explanação

Conversei pessoalmente com Jorge Mota, presidente do Fortaleza. Ele entende que, apesar de ser traumática a mudança de treinador, há momentos em que não há outra solução. Esse novo desafio vai requerer também maior dose se paciência por parte da torcida. O time começou do zero. E já vai para um novo recomeçar. É tudo muito delicado.

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Notas & notas. O médico Cláudio Rocha, desportista criador campeão de quarto de milha (Fazenda Haras Claro) muda de idade amanhã. Será alvo de justas manifestações de carinho. Nossos cumprimentos ao querido doutor Cláudio. /// Mais nomes de dirigentes que, segundo pesquisa de Eugênio Fonseca, presidiram dois times no futebol cearense: Egberto de Paula Rodrigues (Maguari, 1944 e 1955/ Fortaleza, 1967); Sátiro Ernane de Albuquerque Lima (Quixadá, 1967/ Ceará, 1968).