O Fortaleza começou bem diante do Confiança. Ligger mandou bola no travessão. Animou. Mas depois tomou dois sustos: Thiago Silvy e Everton Santos perderam gols na cara de Boeck. Foi o aviso. Na resposta, o gol de Bruno Melo (1 x 0). Aí o Leão assumiu de vez o controle. Bruno acertou a trave e Pablo perdeu incrível chance. Na fase final, o Fortaleza não levou a sério o Confiança. Não apertou, como deveria, na busca pelo segundo gol. Pagou caro. Entradas de Leandro Lima e Reis não fizeram efeito. O Confiança tomou gosto. Apostou com Almir e Léo Ceará. E conseguiu o empate, gol de Léo, cobrando pênalti. Depois disso, desespero do Leão. Foi para pressão no final, quando deveria tê-lo feito desde o início da fase final. Duro castigo.
Momento
Pablo, no final do primeiro tempo, foi fominha. Mimica escorregou e desabou no gramado. Pablo tinha Leandro Cearense livre, de frente para o gol, pronto para marcar. Pablo preferiu concluir e errou. Isso não se faz. Deixou de matar o jogo e levou a definição para o segundo tempo.
Observações
Perfeito primeiro tempo de Bruno Melo. Além do gol quase assinalou um segundo em bola que bateu na trave. No dois lances, consciente conclusão de cabeça. /// O pênalti em Léo Ceará. Faltou a câmera pelo lado oposto para aclarar se houve ou não. Pelo sim, pelo não, Léo Ceará fez a festa para seus amigos e familiares.
Recordando
de julho de 2007. Assim se passaram dez anos... A partir da esquerda, o novo técnico do Fortaleza, Amauri Knevitz, conversa com o preparador físico Rodolfo Mehl, que anos depois foi trabalhar com Levir Culpe no Japão. Knevitz teve passagem relâmpago. Só 15 dias no comandou do Leão em três jogos. Aí foi mandado embora. Tudo estranho.
Oportunidade
Como tem sido cruel com Magno Alves esta bola que para ele chega "quadrada" ou não chega. Mas chegou limpa, bonita, arrumada, na cara do gol, nos pés de Roberto, que desarrumou, perdeu a chance e voltou a perder. Faltou-lhe o toque sutil, que ele não tem, mas sobra em Magno. É o futebol com seus caprichos.
Interpretação
No Paraná a imprudência de Pedro Ken e a esperteza de Gabriel Dias resultaram na marcação de um pênalti. Mas coisas piores vejo em cobranças de escanteio ou falta, quando dentro da área atacantes e defensores ficam num interminável agarra, puxa, encolhe. E sabem o que os árbitros marcam? Nada.
Infelicidade
Quando o dia e a noite não estão para o atleta, não adiante querer dobrá-los. Caso de Ken. Voluntarioso, trabalhou em diversificadas faixas do campo. Quis ajudar. Desceu para o combate e acabou responsável pelo lance que deu origem ao pênalti. Jornada infeliz. A entrada de Rafael Carioca no lugar de Ken foi correta. Pedro Ken também deixou a impressão de que precisa melhorar sua condição física ou dosá-la.
Notas & notas. Tão bem batido o pênalti que Renatinho converteu no gol da vitória do Paraná sobre o Ceará que fiquei a lembrar dos jogadores portugueses que perderam três pênaltis e foram eliminados pelo Chile. Como os portugueses batem ruim os pênaltis. Deus meu... /// Justa a homenagem póstuma prestada pelo Ceará ao saudoso conselheiro José Jacob dos Santos, senhor de 89 anos, que deu muito de si pelo Vozão. Pela idade, afastou-se dos estádios, mas até o fim da vida acompanhou o Vozão.