Fortaleza e Salgueiro estão com campanhas iguais: uma vitória e uma derrota. Na estreia, o Fortaleza perdeu fora de casa para Remo; o Salgueiro perdeu fora de casa para o Confiança. No segundo jogo, em casa o Fortaleza ganhou do Botafogo (1 x 0); no segundo jogo em casa o Salgueiro ganhou (2 x 0) do Moto. Na estatística, a vantagem do Salgueiro é o saldo de gols (um a mais). Em campo a vantagem do Salgueiro será jogar em casa, no Estádio Cornélio de Barros. Haverá no anfitrião o retorno do lateral-direito Tamandaré e do zagueiro Luís Eduardo. Uma vitória tricolor o faria ultrapassar o Salgueiro na colocação e daria a confiança maior que só mesmo uma vitória fora de casa traz. Cresce o moral do grupo.
Avanço
Houve melhora no padrão de jogo do Fortaleza no segundo tempo da vitória sobre o Botafogo. Ainda assim o técnico Bonamigo há nos treinos buscado alternativas. Exemplos disso são as experiências com Leandro Cearense e Wellington Reis. A otimização e a automação na mira do treinador.
Dificuldades
Considero o jogo em Salgueiro no mesmo grau de dificuldades que o Fortaleza teria se enfrentasse o Guarany em Sobral ou o Guarani em Juazeiro. A Série C nacional há mostrado equilíbrio muito grande entre os participantes, sejam esses da capital ou do interior. Há diferenças só nas condições dos estádios.
Recordando
Década de 1970. A partir da esquerda: o zagueiro Gomes e o ponta-esquerda Raimundinho na época em que atuaram pelo Calouros do Ar. Gomes teve também significativa passagem pelo Ferroviário. Não tenho informações sobre onde andam esses dois atletas. O Calouros, nas décadas de 1950 e 1960, brilhou na Série A cearense. (Álbum de Elcias Ferreira).
Bons momentos
Quando vi Felipe Tontini jogar pela primeira vez no Ceará, notei nele boas qualidades. Passes e enfiadas de bola revelaram que poderia ser a solução tão reclamada para carências no setor. Mas depois Tontini oscilou. De qualquer forma, ainda compreendo que Tontini poderá dar boa contribuição ao alvinegro.
Ritmo
Outro jogador de futebol de qualidade é Felipe Menezes. As críticas que lhe fazem têm por base a falta de ritmo veloz e garra nas suas ações. Também vi boas partidas de Felipe Menezes. Encontro até semelhanças nos desempenhos dele e de Tontini. Lamento que há quem só enxergue os pontos negativos.
Na dele
Pedro Ken tem entrado bem no time alvinegro. Pelo menos entendo assim na avaliação que faço. Conhece ofício e é muito disciplinado na observação tática. A contusão de Richardson abre espaço para vários jogadores que também atuam na posição. O Ceará está bem servido e boas são as opções para Givanildo Oliveira.
Nível. A morte do ídolo do Ceará, Alexandre Nepomuceno, recompôs um fato que estava perdido na memória: a participação do Calouros do Ar no Nordestão de 1968. Alexandre treinou o Calouros e o levou ao quadrangular final da competição. Bela campanha. Hoje, não faz muito, o Uniclinic passou vexame na Copa do Nordeste. Conclusão: o padrão geral do futebol cearense na década de 1960 era muito bom. Os times médios daqui saiam-se melhor que os médios de hoje nesses desafios.