Opinião geral era de que o Palmeiras aplicaria uma goleada no Ceará. O gol do Verdão (Thiago Santos), logo aos cinco minutos, aumentou a desconfiança. E o gol de Dudu, aos 22, deu a certeza de que o Ceará levaria uma pisa humilhante. Não levou. E reagiu. Teve forças, tiradas não sei de onde, para gradualmente neutralizar o visitante. Na coragem, foi para o jogo. Passou a fazer lançamentos longos pelas duas extremas. Azevedo e Eder começaram a incomodar. Assim Azevedo aproveitou cruzamento de Xavier e diminuiu o placar (1 x 2). Na fase final, o Palmeiras reduziu o ritmo. Desperdiçou chances com Dracena e Hyoran. Veio o Castigo: num lançamento de Pio, Elton pegou a sobra e empatou (2 x 2). Ceará na persistência, na Bravura. Inacreditável.
Desatenção
No primeiro gol do Palmeiras, a bola aérea passou de Rafael Pereira, que não alcançou. Thiago aproveitou o descuido e marcou (0 x 1). No segundo gol do Palmeiras foi pior. A bola estava com Luís Otávio, que cochilou. O castigo veio com o gol de Dudu. Imaginei que Ceará desmoronaria ali. Não desmoronou. Reagiu.
Esperança
O Ceará não ganhou, mas trouxe a esperança de dias melhores. Boa a estreia de João Lucas. Ricardinho atuou bem. Pio preciso nos lançamentos. Luta que levou à exaustão Xavier e Eder. Lisca fez do apático Ceará um time brioso, combativo. Não ganhou, mas não houve vaias. A vitória me parece próxima.
Recordando
15 de maio de 2008. Assim se passaram dez anos... Uma conversa entre jogadores e técnico do Fortaleza. A partir da esquerda: Márcio Azevedo, Paulo Isidoro, Rômulo e o técnico Heriberto da Cunha. Detalhes: Márcio Azevedo (32 anos) está no Paok da Grécia. Isidoro e Rômulo já encerram a carreira. Heriberto está sem clube no momento.
Normal
Um dia a derrota do Fortaleza na Série B teria de acontecer. Aconteceu. Objetivo agora é não deixar que a marcha ascensional sofra redução. Superar a derrota será demonstração de maturidade do grupo. A invencibilidade longa não raro encobre defeitos que só as derrotas revelam. Olho vivo, Ceni.
Emoção
Fiquei emocionado ao ouvir ontem, já nos testes iniciais, pela primeira vez da Rússia, a voz do Antero Neto direto de Moscou. Notei também a emoção dele. Depois ele, Mário Kempes e Kaio Cézar entraram ao vivo. Mossoró foi rápido na montagem do estúdio. Hoje tem Daniel Rocha. Parabéns, amigos!
O comandante
Edson Cariús aponta para o alto. Edson Cariús abre caminhos. Comanda os companheiros na comemoração do gol da classificação do Ferroviário para a próxima fase da Série D nacional. O que teria sido do Ferroviário sem Edson Cariús na fase que passou? Cariús fez dois dos três gol no empate (3 x 3) em Barra do Corda. Fez o gol da vitória sobre o Cordino no Castelão. A ele os louvores maiores.
Otimismo. Após o último amistoso da Canarinho antes da Copa na Rússia, chego à conclusão de que o time está pronto. No ponto ainda não. Ontem, na vitória sobre a Áustria, melhor que diante da Croácia. É notória a evolução. No ponto mesmo só no transcorrer da competição já na Rússia. É assim que acontece. O envolvimento no clima de disputa oficial é que amadurece o grupo. São fatores que pesam: a pressão da estreia, a redução da margem de erro, a cobrança forte. Estou otimista, mas sem ufanismo.