Tom Barros: Bola dividida

Um tempo para cada: Ferrão melhor na fase inicial. Horizonte melhor na etapa final. Do início até 25 minutos amplo predomínio coral. Aos 13 fez 1 a 0, com belo gol de Jonathas, cobrando falta. O Horizonte só reagiu por volta dos 30 quanto ao controle na meia-cancha, mas sem criar sequer uma chance de gol mais clara. A rigor, Batata, Jeanderson, Jonathas, Glauber e Valdeci mantiveram o domínio coral. Na fase final, Robert, Berg, Franklin, Felipe, Doda e Isac levaram o Horizonte ao domínio amplo. O empate veio com belo go de Doda, batendo falta. Isac mandou bola na trave coral. O Ferroviário, mesmo com a entrada de Assisinho, Léo e Leandro não conseguiu neutralizar as ações. O Horizonte seguiu melhor até o fim do jogo, mas não conseguiu a merecida virada.

Espetacular

O lance mais bonito do jogo foi a defesa espetacular defesa de Fábio Lima, do Horizonte. Jeanderson, aos 19 segundos de jogo, acertou uma bomba no ângulo. Fábio voou e espalmou. Pagou o ingresso. No segundo tempo, foi a vez de Berg mandar um canhão que Oliveira espalmou. Mas a defesa de Fábio foi mais plástica, mais bonita.

Polêmico

Houve ou não pênalti a favor do Ferroviário? No minha visão, sim. Valdeci estava dentro da área do Horizonte, quando Franklin o derrubou. Já na compreensão do árbitro Edson Galvão a marcação aconteceu na origem, ainda fora da área. Galvão foi muito convicto quando apontou para fora da área. Cada cabeça, uma sentença.

Recordando

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Há dias, publiquei esta foto do Calouros do Ar, batida na década de 1950. Pedi auxílio para identificar todos. O companheiro William Moura identificou sete. A partir da esquerda (em pé): Edilson Araújo, Zezinho, Beto, Jandir e Zuzinha. Agachados: o primeiro é Luciano; o quinto é o goleiro Jairo. Detalhe: saudoso Edilson, irmão do técnico Edmar Araújo, foi campeão pelo Calouros em 1955 e campeão pelo Ceará.

Preocupação

Mais que o empate com o Altos/PI, preocupa aos tricolores mais uma apresentação bem abaixo do esperado. A cada tropeço, inevitável a comparação do atual time com o do ano passado. Vem a constatação de que a desmontagem do time 2016 foi um grave erro de avaliação. Daí mais pressão sobre o atual elenco e sobre a diretoria.

Reabilitação

Atletas que foram tidos e havidos como "amarelados" são agora reabilitados. E a lamentação continua. Aí as lembranças de Corrêa, Pio, Juliano, Anselmo... Bem, não adianta chorar o passado. Agora é partir em busca de reforços. Taí a contratação e retorno de Everton que fez parte do time de 2016. Ótimo jogador.

Franco atirador

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Danilo Augusto, técnico do Tiradentes disse no programa do Belmino: "Nosso time passou a ser franco atirador. A pressão está toda em cima do Fortaleza". Ora, a declaração foi feita antes do empate do Leão com o Altos do Piauí. Imaginem agora que a pressão sobre os jogadores do Fortaleza aumentou ainda mais. Danilo quer tirar disso o melhor proveito.

Revisão. Pela história e tradição, o Fortaleza é apontado como favorito na disputa mata-mata com o Tiradentes. Mas a produção pífia do Leão diante do Altos/PI e a derrota (2 x 0) para o próprio Tiradentes na fase classificatória já fizeram muita gente mudar de opinião, considerando que as coisas estão niveladas. Não há mais tanta certeza do favoritismo tricolor. O primeiro jogo, quarta-feira, dia 15, tirará algumas dúvidas. Os temores da torcida do Fortaleza aumentaram depois do que foi mostrado diante do Altos.