Tom Barros: Ato de responsabilidade

Mais do que nunca o Fortaleza precisa de gols para dobrar o Ferroviário. Mais do que nunca o Fortaleza precisará de homens especialistas em colocar a bola nas redes. Pois exatamente nesse momento o atacante Zé do Gol está fora do jogo. O Zé, que foi contratado justo para equacionar o problema de finalização, não participará da partida decisiva com os corais. Motivo da ausência: um terceiro cartão amarelo tomado de forma desnecessária. Jogador profissional precisar ser mais responsável nos seus atos, máxime na reta final dos certames. Quando não é responsável, inverte: quem foi contratado para resolver, não resolve; no lugar da solução, problema. Mas, no fim do mês, quer dinheiro na conta como se nada tivesse acontecido. Situações inaceitáveis.

Opções

Só entendo um jogador profissional tomar cartão amarelo em última instância como, por exemplo, para evitar um gol ou lance que indique iminência de gol. Aí uma jogada mais ríspida pode justificar. Tomar cartão amarelo por reclamação ou troca de empurrões com o adversário é ato de extrema irresponsabilidade.

O homem

Claro que o substituto natural de Zé Carlos é Lúcio Flávio. Os dois têm até características semelhantes. Aliás, como o Fortaleza precisa de gols, o ideal seria a dupla Zé Carlos e Lúcio. Como Zé Carlos deu bobeira, sobrou para o técnico Marquinhos Santos que acabou ficando sem essa opção. Quando o jogador não pensa, o time sofre.

Recordando

Década de 1970. Estádio Carlos de Alencar Pinto em Porangabuçu. Dois jogadores que marcaram época no Ceará Sporting Club. A partir da esquerda: o goleiro Hélio Show e o atacante Chicletes. Hoje, Hélio mora em Natal/RN. Lá ele também foi ídolo, jogando pelo ABC e pelo América. Na Paraíba, Hélio brilhou no Treze. Do ex-atacante Chicletes há muito tempo não tenho notícias. Ele era artilheiro nato. (Álbum de Elcias Ferreira).

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Esperteza

No site oficial do Ceará, num dia a foto de Jackson Caucaia. No outro, a foto de Ricardinho. No final do texto, a indicação de Jackson e Romário como prováveis titulares, logo de início. No ar, a dúvida sobre o que realmente está planejando o técnico Givanildo Oliveira, máxime com relação à meia-cancha. Dúvida ou esperteza?

É natural

Uma coisa é clara: o modelo tático a ser adotado pelo Ceará será eminentemente ofensivo. Como time grande e jogando em casa, seria inconcebível ver o Ceará de outra forma que não abafando, fustigando o visitante. Assim, iniciar com Ricardinho significa buscar mais claramente esse objetivo.

Nascedouro

Adenilson é o mais criativo jogador do Guarani/J. Dele os perigosos lançamentos. Inibir suas jogadas no nascedouro pode reduzir bastante as dificuldades do Ceará. Claro que, se Adenilson sofrer marcação colada, o técnico do Guarani já terá o plano B com outras alternativas. Mas verdade seja dita: as melhores soluções passam por Adenilson.

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Ausência. A bronca coral contra a arbitragem tem razão de ser. Como lembrou a jornalista Liana Ribeiro, o elenco vem sendo minado pelo cartões injustos. Aí ficam fora jogadores importantes como agora Mimi diante do Fortaleza. A propósito de Mimi, ouvi alguns comentaristas surpresos porque só agora ele fez a diferença, haja vista ter jogado por times menores sem nunca ter brilhado tanto. Ora, amigos, tudo tem seu tempo. Isso não diminui a importância do atleta. Pelo contrário, só o engrandece.