Tom Barros: Ascensão tricolor

Flamengo/RJ no Castelão. O manto. A história. Atualmente não mais as formações famosas que encantaram gerações como Rubens, Dequinha e Pavão dos anos 50 e Andrade, Zico e Adílio dos anos 80. Mas é o Flamengo amado, idolatrado. É o Flamengo de Fernandinho, Willian Arão e Guerrero. É o Flamengo de Muricy Ramalho. O Fortaleza atravessa boa fase e pode disso tirar o melhor proveito. Berna e Felipe de volta. Pio, Everton e Jean Mota no ponto. Pelo bom futebol que vem produzindo, o Fortaleza pode e tem condições de obter a vitória. Repito a advertência que fiz há alguns dias: o Leão joga para frente, joga bonito, mas cuidado para não dar espaços ao adversário. Além disso é bom lembrar que neste modelo mata-mata sofrer gol em casa é complicador.

Sobriedade

O comentarista Nildo Nascimento, da equipe de Gomes Farias na Verdinha, vem consolidando sua participação mediante análises isentas. Há marcado sua trajetória profissional pela sobriedade. Comentou muito bem a virada coral em Iguatu. Isso é importante porque traz como natural consequência o respeito e a credibilidade. Ele fala simples, sem afetações.

Multidões

Por onde passa o Flamengo arrasta multidões. Assim em Manaus quando perdeu para o Vasco e foi eliminado do Campeonato Carioca, assim certamente será hoje no Castelão. É time de massa. A propósito, hora de ver o apoio da torcida tricolor que pecou pela ausência no primeiro jogo das semifinais cearenses contra o Uniclinic.

Mídia

Anselmo, artilheiro do Fortaleza, tem hoje a oportunidade de mostrar ao país suas qualidades de finalizador emérito. Há transmissões ao vivo pela TV para todo o Brasil. É em momentos assim que alguns fazem a diferença. E se mostram por inteiro. E ganham espaços. E projetam-se. É com você, Anselmo.

 

Recordando

2004. Ceará Sporting Club. A partir da esquerda (em pé): preparador de goleiros Giordano, Marcelo Silva, Vagner Mancini, Renato Carioca, Marcelo e Moré. Na mesma ordem (agachados): Lúcio, Cafu, Edmilson, Amarildo, Claudinho Baiano e Sérgio Alves. Observações: o ídolo Sérgio Alves, mesmo tendo encerrado a carreira, continua amado pela torcida do Ceará. Moré jogou pelo Guarani/J no atual certame. (Acervo de Elcias Ferreira).

Efeito

Se der vitória do Fortaleza diante do Flamengo, a torcida tricolor entrará na euforia de um momento muito bom. Emendará certamente com a iminente conquista do bicampeonato estadual, que 99,9 % já está no Pici. Há quem seja contra misturar as coisas, mas não se trata disso. Haverá apenas o efeito continuado de seguidos êxitos.

Montagem

Eduardo, Ricardinho, Tomas Bastos, Marino. Pouco a pouco o Ceará vai mostrando o que pretende no Campeonato Brasileiro Série B. O ruim da montagem é a demora entre a apresentação dos atletas e a entrada deles em ação. A torcida anda inquieta, querendo ver o novo perfil. Nisso, creio, até mesmo Sérgio Soares está ansioso.

Gestão. Noto seguidas comparações entre o modelo de gestão do atual presidente do Ceará, Robinson de Castro, e o modelo do seu antecessor, Evandro Leitão. Ora, amigos, cada pessoa tem o seu modo de agir, de posicionar-se diante das coisas e da vida. Alguns são mais ousados, arriscam mais; outros são moderados, mais prudentes. Mas só mesmo quando chamados aos grandes desafios os verdadeiros líderes se revelam. Robinson está sendo chamado. A hora é agora!

Acompanhe os comentários em http://bit.ly/tombarros-tvdn