Tom Barros: As lutas. Que lutas!

Legenda: Recordando: 1975. Tempo de um Vasco da Gama notável, que fora campeão brasileiro um ano antes, em 1974. A partir da esquerda (em pé): Andrada, Paulo Sérgio, Renê, Alcir, Miguel e Alfinete. Na mesma ordem (agachados): Dé, Jair Pereira, Zanata, Roberto Dinamite, Luís Carlos e o massagista Santana. Detalhe: anos depois, Zanata, após encerrar a carreira, veio treinar o Ceará, sagrando-se campeão cearense.

Há quem goste das lutas de boxe ou das do MMA. Aliás o público admirador é muito grande. Como prova está alta a audiência na televisão em todo o mundo, máxime quando há transmissões com os astros maiores. Eu respeito. Mas de minha parte não gosto de ver esse tipo de esporte. Até tentei acompanhar nas décadas de 1960 e 1970 o famoso brasileiro Eder Jofre, que no boxe se tonou campeão mundial peso-galo e depois campeão mundial peso-pena. Não consegui gostar. Acho um esporte agressivo, que machuca, fere, deixa sequelas. As lutas do MMA, que tentei acompanhar algumas vezes até o fim, não consegui. Sei que há regras, é um esporte, tem seus riscos como os outros têm, mas é de mim mesmo a não aceitação. Dirão talvez que estou fora de tempo. Tudo bem.

Rinhas de galo

Lembro a repercussão quando na década de 1960 o então presidente da República, Jânio Quadros, proibiu no Brasil as "brigas de galo". Hoje ainda são aqui proibidas as brigas de galo, embora se saiba que de forma clandestina elas continuem acontecendo. Aí me disseram a diferença: os galos brigam; os homens e mulheres lutam. Ah, sim!

Incoerência

As autoridades se preocupam com os galos e procuram evitar que os mesmos se esfolem, mas homens e mulheres podem se esbofetear até desabarem com seus rostos deformados, sagrando. Pouco importa se no futuro posam ter a saúde comprometida. Bom, mas isso é apenas o pensamento isolado do colunista. Não sou proprietário da verdade.

Presença

Foi muito bom conversar com o cearense Osvaldo, atacante do Fluminense. Ele esteve no A Grande Jogada (TV Diário). Disse de suas experiências no futebol árabe. Mas deixou claro que ainda mantém vivo um sonho, apesar de reconhecer que esse sonho é mesmo muito difícil: ser novamente convocado para a Seleção Brasileira.

Possível

Na Canarinho de Dunga, falta um jogador velocista com a mesma característica de Osvaldo. Seria uma opção tática muito importante. Mas será que Dunga pelo menos já observou alguma vez o potencial de Osvaldo? Isso agora dependerá das oportunidades e do desempenho que vier a ter no Fluminense em 2016. Boa sorte, Osvaldo.

De volta

O elegante Lula Pereira, fazendo pose de apresentador do Debate Bola, quando nos visitou na TV Diário. Lula é um dos melhores técnicos que conheço. Treinou grandes times como Flamengo/RJ, Ceará, Bahia, dentre outros. Fico feliz com seu retorno aos campos de futebol em 2016. Os projetos dele são atualizados porque Lula é um estudioso permanente.

Romantismo

Muito interessante a colocação feita pelo técnico Joel Santana a respeito dos campeonatos estaduais. Ele disse que o Campeonato Carioca perdeu o romantismo na medida em que foram saindo de cena ou se fragilizando Bonsucesso, Bangu, São Cristóvão, Campo Grande, América... É verdade. Aqui também o romantismo foi diminuindo com a saída de cena de América, Gentilândia, Calouros do Ar e Nacional. Está difícil manter vivos os campeonatos estaduais.

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