Pela televisão vi o jogo do Ceará no Estádio do Café: cadeiras vazias. Vi também Ferroviário 0 x 0 Globo no PV: cadeiras vazias. Nos dois jogos, público mínimo. Ao atleta é desanimador ver estádio assim "desdentado", quase desocupado. O Castelão, não raro deixa à disposição do torcedor apenas um dos anéis. O outro é um testemunho da incompetência gerencial do futebol. Alegam que a crise financeira é um dos motivos. Concordo. Mas a crise pode ser superada com promoções. Baratear a entrada é apenas uma maneira de atrair mais torcedores. Outro motivo da fuga do torcedor seria a transmissões ao vivo pela TV. Também concordo. Mas ir ao estádio tem apelo maior pelo envolvimento direto com o espetáculo. O desafio está aí.
Violência
É possível citar outros fatores que tiram dos estádios o torcedor. A violência é um dos principais. Quando programam jogos para 22 horas não querem mesmo que o torcedor compareça. No lugar de atraírem torcedores, afugentam; no lugar de acolhê-los bem, só os colocam em risco.
Acolhimento
Vejam como é diferente quando você se dirige a um outro entretenimento que não o futebol. Há todo um zelo no sentido de deixa-lo confortavelmente instalado. Já nos estádios falta tratamento "vip". Os funcionários, na grande maioria, parecem estar de mal com o mundo. Nada de gentilezas. É horrível.
Recordando
30 de maio de 2008. O técnico Teco-Teco no comando do Guarany de Sobral. Raimundo Brandão de Souza Bento (71 anos), o Teco-Teco, morreu no dia 9 de fevereiro deste ano. Brilhou como jogador, técnico e supervisor do Bugre, onde passou mais de meio século. Narrei muitos jogos em que atuou. Ele era muito bom. Fica a saudade.
Melhor
O tratamento dado ao público no PV é melhor que no Castelão. Mas poderia ser melhor ainda. O Estádio Presidente Vargas tem a vantagem de ser mais central e mais aconchegante. Mesmo assim também não lota mais. Aliás, vê-lo lotado vai sem muito difícil, pois para lá apenas jogos médios são programados.
No Ferrão
Juninho Cearense assumiu o comando técnico do sub-17 do Ferroviário. Ótima escolha. Seu trabalho na formação de atletas tem sido notável. O Ferrão já estreia em março diante do Juazeiro no Campeonato Cearense. Na comissão estão Carlinhos Silva, Jardel, Ronay e Leonardo Brito. Trabalho muito profissional.
Coisas do papa
Sílvio Carlos lança hoje, a partir de 17 horas, no Country Club (Av. Barão de Studart, 825) a segunda edição do livro em que conta sua trajetória no futebol. Novos episódios. Assuntos que vão do grave ao hilariante, mas com a própria leveza se ser do papa. O jornalista Renato Abreu assina a obra.
Definição. Amanhã, no PV, às 19 hs, Ceará e Tiradentes abrem a rodada final do primeiro turno. O Tiradentes tenta escapar do rebaixamento. O Ceará ainda de olho na liderança. O Guarani/J, que no domingo enfrentará o Iguatu no Morenão, escapará da degola se o Tigre empatar ou perder. Aí já entrará em campo sabendo da definição. No mesmo caso, Horizonte, que joga com o Maranguape, também escapará da degola logo amanha se houver tropeço do Tigre. A definição, pois, poderá ser antecipada.