Hoje poderia ser uma noite de apoteose para o Ceará no jogo contra o Paraná no Castelão. Noite de comemoração pelo acesso à Série A, ou, de forma mais ousada, pela comemoração do título de campeão brasileiro da categoria. Poderia ser a noite da retribuição do time à torcida maravilhosa, mais ativa e mais empolgante que todas as demais da Série B. Poderia ser a noite do reconhecimento público ao vitorioso trabalho realizado pela diretoria do Vozão em Porangabuçu. Poderia ser a noite da realização dos sonhos e do fim da utopia. Poderia ser a noite do reingresso do Ceará no rol dos vinte melhores do Brasil, pondo fim à longa espera. Uma noite de bandeiras, faixas e motivações. Poderia. Só poderia. Mas virou apenas uma noite de despedidas da torcida local.
Poderia
Se Bill, Rafael Costa, Felipe e companhia não tivessem desperdiçado tantas e tantas oportunidades de gol na Série B, certamente o Ceará poderia hoje contemplar 2016 como o ano de sua redenção, apesar dos insucessos no Campeonato Cearense, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Poderia, só poderia.
Em casa
Se o Ceará não tivesse empatado e perdido tanto no Castelão, estaria com folga e de forma antecipada na Série A 2017. Foram cinco empates e três derrotas em casa. No Castelão deixou de ganhar 19 pontos nos empates com Paysandu, Vasco, CRB, Avaí e Luverdense e nas derrotas para Atlético/GO, Sampaio e Vila Nova. Poderia...
Recordando
1954. Faz 62 anos que essa foto foi batida no PV. Time do Gentilândia no Torneio Início. A partir da esquerda (em pé): Zé Eduardo, Zé Alcindo, Pedrinho, Fernando Sátiro, Célio Bandeira e Zé Pequeno. Na mesma ordem (agachados): Bibi, Betinho Viana, Mauro Gadelha, Mozart Mamede e Bill Rola. Desses só tenho contato com Pedrinho. Soube notícias do Zé Alcindo através de um filho dele. Célio há algum tempo não visita a Gentilândia.
Sem graça
A partida de hoje virou cumprimento de tabela. Só mesmo muito espírito profissional para segurar a motivação. Se fosse dado o direito de cada atleta falar sobre a programação de hoje, certamente a maioria, já pelas circunstâncias desestimulantes atuais, diria que melhor seria estar bem longe dos estádios de futebol.
Água de beber
O talento de Peninha (Francisco Cláudio de Souza Lima) na Capoeira tem ampliação no belo trabalho que fez para o CD (Vol.4). Músicas exclusivas de capoeira compostas por alunos e amigos. O lançamento será no próximo dia 27 de novembro no Espaço Brasil (Rua Antonio Augusto, 1336 - próximo à Clínica Gênesis, Aldeota).
Revelação
Fechando a lista que me foi enviada pelo Sérgio Ponte, indico meu voto referente à revelação do ano: Raul, volante do Ceará. O jovem cearense de 20 anos (nasceu no dia 11 de julho de 1996) já esteve no Icasa, mas no meu entendimento foi agora em 2016 que surgiu de vez com seu futebol eficiente. Certamente será dono da posição no próximo ano. Grande esperança.
Retrospecto. O Brasil ao derrotar o Peru (2 x 0 em Lima) completou seis jogos e seis vitória sob o comando de Tite. Igualou ao inesquecível João Saldanha em 1969. O time totaliza 17 gols marcados. Gabriel Jesus fez 5. Neymar fez 4. O Brasil sofreu só um gol. Utilizou 20 jogadores, dos quais sete presentes nos seis jogos: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda, Philippe Coutinho, Renato Augusto e Gabriel Jesus. Segue líder das eliminatórias sul-americanas com 27 pontos ganhos. Dados de Airton Fontenele).