A espera chega ao fim. Amanhã, competição oficial: Taça dos Campeões Cearense. Fortaleza x Guarany/S no Pici. Dirão certamente que é uma competição secundária, ressuscitada para atender conveniências. Seja como for, é oficial. E aí está. Estádio Alcides Santos como cenário. Pena ser de portões fechados. É o preço da irresponsabilidade dos torcedores vândalos. Aí a torcida boa e educada paga pelo que fizeram os tresloucados. Estes não têm nada de torcedor. Quanto ao jogo, o Fortaleza tem melhor elenco. Foi bem diante do Maranguape no amistoso de apresentação (3 a 0). O Guarany manteve o técnico Júnior Cearense, campeão da Fares Lopes. Dá sequência ao trabalho que convenceu em 2015. Ótimo momento para começar.
Contratados
A expectativa é grande com relação aos contratados pelo Leão para a temporada 2016. O zagueiro Edimar, o lateral-direito Moacir, o lateral-esquerdo Wilian Simões, o meia Clebinho, os atacantes Anselmo e Juninho, o lateral-direito Valdir. O técnico Flávio Araújo monta o novo perfil tricolor. Vamos ver na prática como funcionará.
O Baixinho
O atacante Clodoaldo, do Guarany, ainda é atração. Não mais o Clodô dos áureos tempos, mas o mesmo jogador de fino trato com a bola. Os lampejos de antigamente. O simples jeito de ser de antigamente. O Baixinho que poderia ser bilionário. Deixou passar as chances. Mas segue sorrindo assim mesmo. Parece ser um homem feliz.
Parentesco
Emanuel Biancucchi tem sua identidade. Que se faça eventual referência sobre seu parentesco com Messi (seu primo) e com Maxi (irmão), tudo bem. Mas é irritante todo tempo dar importância maior ao parentesco que ao seu potencial. Afinal ele foi contratado pela boa qualidade de seu futebol e não pelo parentesco citado.
Argentinos
Poucos jogadores argentinos atuaram no futebol cearense. Que eu lembre apenas dois: o meia Marcelo Escudero em 2003 e o atacante Gustavo Savoia em 2012, ambos no Fortaleza. Os dois não corresponderam. Que Emanuel Biancucchi tenha melhor sorte que seus antecessores patrícios. A conferir.
Água boa
A terrinha aqui tem seus encantos. Mesmo com a crise hídrica, a água cearense é boa. Muito boa. Quem dela bebe, volta. E volta rápido. Bill está aí. Seja bem-vindo. Desta vez não precisa estabelecer uma marca (30 ou 40 gols) porque fica a cobrança. O negócio é o atacante Bill seguir assinalando gols. E todas as outras coisas virão por acréscimo.
Uma lenda
Fiquei espantado com as declarações do coronel Nunes, novo presidente da CBF. Mostrou total despreparo quando se referiu às Ligas. Maior impacto causou quando disse que José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é uma lenda do futebol brasileiro. Deus meu, uma lenda? O Marin está preso nos Estados Unidos, acusado de corrupção. Das duas uma: ou o Nunes não conhece o Marin ou não sabe o que é lenda. A não ser que tenha usado a palavra lenda no sentido de mentira.
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