Tom Barros: Aflição presidencial

Jorge Mota, presidente do Fortaleza, abriu o coração no programa A Grande Jogada (TV Diário), apresentado por Sebastião Belmino. Disse da agonia que passou na recente decisão de vaga. Antes dos jogos com o Brasil/RS, numa reunião com atletas e o técnico Chamusca, ele implorou aos jogadores para que chutassem no gol. "Testem o goleiro deles", pedia. Qual seu desapontamento ao ver o tempo passar e nada de gol do Leão. Jorge Mota afirmou que foi ao desespero ao ver os toques laterais. "Só no fim, já na metade do segundo tempo, com a entrada do Pio, os chutes a gol começaram a acontecer. Tarde demais. Aí foi trave, goleiro deles, e deu no que deu. Como entender aquilo? Como aceitar aquilo, se todo apoio tinha sido dado? Foi muito sofrimento", concluiu.

Caprichos

O torcedor não sabe a dimensão do sofrimento, angústia e desespero de quem preside um time como o Fortaleza, máxime numa situação assim. Conforta apenas saber que tudo foi feito no planejamento para dar aos atletas o que havia de bom e de melhor. Mas em campo há os caprichos do destino que não dependem da ação presidencial.

Futuro

O maior desafio do Leão em 2016 não será o Campeonato Cearense, nem Copa do Brasil, nem Copa do Nordeste. Jorge Mota deixou claro que o principal objetivo será sair da Série C. Virou obstinação quebrar tabus, fantasmas, complexos, dramas, impasses, naturais e até sobrenaturais (para quem acredita nisso). Jorge Mota não desiste.

Como ganhar

É natural o otimismo da torcida do Ceará com relação ao jogo contra o Mogi em São Paulo. É que o Mogi está aos pedaços, humilhado pelas seguidas derrotas, desacreditado pelo crise interna, insultado pela última colocação. Mas o Ceará não deve ver assim esse adversário. Times nessa situação costumem ser traiçoeiros. Cuidado.

O líder

Para fugir dos resultados inesperados que o futebol apronta, o melhor que faz o Ceará é olhar o Mogi como se o Botafogo fosse. É olhar o lanterna em posição invertida, ou seja, vê-lo como líder absoluto, dono do primeiro lugar. Imagine-se o Ceará outra vez no Engenhão, no Rio. Assim certamente espantará qualquer surpresa.

Ausência

Diabo dos cartões amarelos. O terceiro amarelo é mais prejudicial que um gol sofrido. O gol você pode devolver e até virar o placar. O terceiro amarelo mutila, tira de campo, por um jogo inteiro, atletas imprescindíveis. Pior é que o terceiro amarelo pode ser o somatório dos exageros das arbitragens. Rafael Costa está fora pelo terceiro amarelo. Que pena!

Mais pressão

A vitória (1 x 0) do Oeste sobre o Luverdense dificulta a vida do Ceará. Abriu nove pontos de diferença. Obriga o Ceará a ganhar do Mogi no sábado. Agora é torcer por vitória do Paraná sobre o Macaé na próxima sexta-feira. O Ceará ainda não depende só si para sair da zona de rebaixamento. Obrigatoriamente terá de contar com derrotas do Macaé e do Oeste para alcançá-los. Ainda bem tem confronto direto com o Macaé. Com o Oeste, nem isso. Mas o Vozão segue na luta pela permanência.

Acompanhe os comentários em http://svmar.es/tom-barros