Tom Barros: A um ponto da final

A torcida do Ferroviário tem toda razão para encher-se de esperança. Há dois anos o times estava em queda livre. Agora mesmo, para ser confirmado na Série A cearense 2017, passou por uma série de barreiras. Na preparação do elenco, praticamente não teve direito à pré-temporada, pois não sabia se iria ou não ser admitido na elite. Só de última hora foi resolvida a presença coral. E aí está o time montado por Marcelo Vilar, agora sob o comando de Vladimir de Jeus, com boas possibilidades de garantir sua vaga na decisão. Na linha defensiva, a liderança de Erandir. Na meia-cancha, o combate e eficiência de Jonathas, que também é opção para tiros longos, e o talento de Mimi, cada vez mais solto, criativo, confiante. A um ponto da final, só não pode é pensar que já ganhou.

Três jogos

O Fortaleza já enfrentou o Ferroviário três vezes este ano. Na fase classificatória, houve empate (2 x 2), no jogo em que o destaque foi Maxuell, atacante coral que fez dois gols. Na segunda partida, vitória coral, 2 a 0. Na terceira, empate (1 x 1). Portanto, o Leão não conseguiu ganhar uma sequer. Retrospecto surpreendente.

Mérito

Aos que dizem que o Ferroviário só subiu para a Série A por desistência do Alto Santo, vale um lembrete. O Ferrão foi o único time não beneficiado por WO. Ganhou limpo em campo os seus jogos. E foi prejudicado pela vergonhosa e suspeita a onda de WO da Serie B 2016. O Ferroviário subiu com mérito e não por favores.

Recordando

Década de 1970. No banco do Ceará, a partir da esquerda, zagueiros Cícero e Paulo Afonso Castelo Branco. Detalhes: Cícero foi campeão cearense pelo América em 1966, no timaço formado pelos saudosos dirigentes José Lino da Silveira Filho e Lívio Amaro de Lima. Paulo foi cria da Gentilândia, onde joguei muitos rachas com ele. Paulo foi campeão pelo Ceará. É primo legítimo do grande Haroldo Castelo Branco. (Álbum de Elcias Ferreira).

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Espaço

Uma semana sem futebol. Ótimo para Ceará e Guarani de Juazeiro do Norte ajustarem suas linhas. Mas em termos de programação um vazio que incomoda. No futebol cearense é assim: há momentos em que há programação quase todo dia e há momentos em que falta programação. É no que dá tantas Copas e Copas ao mesmo tempo.

Ala

A substituição de Romário, ala do Ceará que está fora do próximo jogo com o Guarani/J, é menos complicada do que a de Richardson. Motivo simples: o próprio Romário alternou bons e maus momentos. Portanto, já merecedor de melhor observação. Difere de Richardson que pontifica pela regularidade de produção.

Faz falta

Richardson também ficará fora do próximo jogo. E num momento decisivo. Questão é saber se seu substituto, Pedro Ken ou Jackson Caucaia, conseguirá a sintonia fina que Richardson vinha tendo com Raul, máxime numa peça tão importante quanto à meia-cancha. Taí solução que Givanildo Oliveira terá de buscar com muita atenção.

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Notas & notas. O troféu que será entregue pela FCF ao time campeão cearense da Série A 2017 está em exposição no Shopping Benfica até o dia 18 deste mês. O troféu leva o nome do médico Mário Henrique, que prestou relevantes serviços ao futebol cearense. /// Os jornalistas Marcel Barros e Pevê Azevedo lançam amanhã, dia 12, às 18 horas, no Floresta Bar (Av. Santos Dumont, 1788) o livro "Dois", onde mostram que poesia e ilustração caminham juntos. Ao meu filho Marcel e ao Pevê, sucesso.