Tom Barros: A definição da vitória

O Ceará fez prevalecer sua maior experiência. Ganhou do Fortaleza porque soube superar as dificuldades, mormente quando o Leão estava melhor nos primeiros 25 minutos. João Henrique perdeu duas chances de gol. Em clássicos não se pode desperdiçar lances assim. Justo quando o Fortaleza estava melhor, tomou o gol de Valdo. Sentiu o golpe. Aí gradualmente o Ceará foi tomando conta do jogo, máxime pelo setor direito com Pio e Felipe Azevedo. Por esse caminho, em três toques, o gol relâmpago de Elton. Na fase final, mais uma vez de Azevedo lançamento para Elton, que sozinho perdeu o momento do terceiro gol. Logo depois a expulsão de Gustavo. Foi a definição da vitória. O Fortaleza não mais se encontrou.

Expectativa

Havia curiosidade sobre como se comportaria o Fortaleza no primeiro desafio maior. Começou muito bem. E deu até a impressão de que tinha forças para superar o Ceará. Trabalhou em cima e voltava para marcar. Só aos 30 minutos, no lance do gol de Valdo, o Ceará deu o ar de sua graça. Antes, só Leão.

Desatento

Falha gritante foi a dormência do Fortaleza no lance que originou o segundo gol do Ceará. A esperteza de Pio fez a diferença. Como nenhum jogador do Fortaleza se apresentou, Pio, ao ver aberta a defesa tricolor, fez ligação imediata com Azevedo. Daí o gol de Elton. Defesa tricolor desatenta.

Recordando

Recordando

1975. Time de futsal do Curso de Intendência do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Fortaleza). A partir da esquerda (em pé): Braga, Wilton, Madureira, Irapuan e Rios. Agachados: Nerez, Levi, Vinícios, Airton e Edmilson. Ao fundo, o aluno Vagner (Artilharia), bandeira do jogo no extinto CPOR na Av. Bezerra de Menezes.

Prejuízo

Gustavo, não sei por qual razão, fez a bobagem de um lance feio, que poderia ter provocado série contusão em Pedro Ken. Lição para Gustavo, que impossibilitou a reação tricolor. No lugar dos esperados gols, a expulsão. Comprometeu a proposta de reação ofensiva de Ceni que fizera entrar Alan Mineiro e Felipe.

Retomada coral

Ferroviário e Floresta vinham respectivamente de insucessos na Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Questão era saber até que ponto a situação abalara os grupos. O Floresta sentiu mais. O Ferrão foi melhor na estreia de Ademir Fonseca. A dupla Val-Val fez a diferença. Valdo marcou Ferrão 1 a 0. Valdeci ampliou (2 x 0).

Engano

Sábado passado, quando da homenagem que a coluna fez ao saudoso deputado Aldenor Nunes Freire, no lugar da foto do ex-governador Plácido Castelo, que apoiou Aldenor na luta pela construção do Castelão, saiu a foto do ex-atacante Erandir. Hoje, sim, a foto do saudoso e querido Plácido Castelo.

Notas & notas. Destaque do clássico foi Pio. Eficiência no apoio e cruzamentos perfeitos. /// Ceni terá que trabalhar o grupo para ter equilíbrio emocional nas adversidades. Jussani poderia também ter sido expulso por entrada desleal contra Andrigo. Saiu barato. /// Não vi pênalti em Alípio no lance em que Valdo, antes de chocar-se com o jogador do Fortaleza, já havia tirado de cabeça a bola. /// O erro de Gustavo foi não ter dimensionado o grave risco que provocou na entrada contra Ken. Pagou caro por isso.