Jogar por uma bola. Essa expressão diz resumidamente a proposta de um jogo. O Ceará tem jogado assim. Foi assim diante do São Paulo. E a bola surgiu. A do gol, a da vitória, a dos três pontos. Ali bem na frente do atacante Leandro Carvalho. Em instantes a torcida alvinegra viu a grande oportunidade de transformar o São Paulo num time desesperado, louco, alucinado, em desvantagem dentro da sua própria casa. Já imaginaram que tormento invadiria o Morumbi, justo quando o jogo seguia para a reta final? Pois a bola da vez do Ceará foi desperdiçada. Pior ainda: pouco tempo depois, a bola da vez se ofereceu para Bruno Peres. Aí o Bruno aproveitou. Fez o que Leandro Carvalho não soube fazer. Ganhou.
Quantas
Daqui para frente a pergunta: de quantas bolas da vez por jogo precisará o Ceará? Ora, contra o Santos, várias; contra o Vasco, duas; contra o Atlético-PR, duas; contra o São Paulo, uma. Coitadinho do Lisca. Arruma a casa atrás. Arruma de forma correta. Um paredão. Mas vê tudo se desfazer pelos erros de finalização.
Nos pés dele
Coitadinho do Arthur. Chora, implora, pede, clama e reclama pela bola da vez. Corre para um lado, corre para o outro. Volta, vai, sobe desce. Aí a bola da vez ingratamente vai para os pés dos outros que finalizam mal. Pior agora, na quarta, quando diante do Bahia Arthur estará fora, punição amarela.
Recordando
1973. Intermunicipal de futsal em Quixeramobim. A partir da esquerda: o coronel Virgílio, o jogador Serginho e o dirigente Wellington Rolim, que morreu no dia 20 passado. José Wellington Costa Rolim, além de grande desportista, foi prefeito de Orós e vereador do município. Pessoa muito querida mesmo. Ficou a saudade.
Ajustes
O Fortaleza terá mais quatro dias para ajustes, antes do jogo com o Goiás em Goiânia. Hora de advertir o sistema defensivo para que fique mais atendo, visando a evitar tomar gols primeiro, fato que leva o time a esforço redobrado para conseguir a virada. Os recentes gols sofridos foram consequência de pura desatenção.
Virada
Até aqui todas as viradas deram certo. Mas é mais administrável ao Leão começar na frente, deixando ao adversário a luta para tirar a diferença. Começar na frente também abre a guarda adversária, fato que oferece melhores espaços a quem está no comando do placar. Ganhar de virada é bom, mas desgasta muito mais.
Gigante
Que fase maravilhosa está vivendo o zagueiro do Ceará, Luís Otávio. Nos jogos mais recentes, máxime contra o Vasco em São Januário e São Paulo no Morumbi, Luís Otávio foi perfeito, verdadeiro gigante dentro da área, quer no jogo aéreo, que na disputa "terrestre". Sua parceria com Thiago Alves está impecável.
Notas & notas.
A Taça Fares Lopes tem seu público específico, embora concorrendo com a TV que mostra outros certames de maior apelo como as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. E assim foi no clássico em que o Ferroviário ganhou do Ceará (1 x 0), gol de Leanderson. E assim foi na estreia do Fortaleza no empate com o Floresta (1 x 1). Não há confusão. Predomina o clima de harmonia e paz entre os torcedores. Pelo menos nestas rodadas iniciais, "todos juntos, vamos, prá frente Brasil".