Tom Barros: 2016, um ano muito triste

O ano 2016 vai terminando. Não foi um ano bom. Foi triste. Deixou feridas abertas. Dores fortes. Crise política. Crise econômica. Corrupção. Em alguns atos, a Constituição pisoteada. A crise moral. Também houve a morte de queridos amigos e a morte de companheiros de trabalho. Olho para 2016 com o olhar de quem prefere arrancar a folhinha do último dia, sem sequer olhar para o calendário. Posso estar sendo amargo demais, sem citar as coisas boas que também aconteceram. Sim, é verdade. Então por isso peço perdão a Deus. Mas dói lembrar que 2016 tirou do nosso convívio aqui no Grupo a presidente Yolanda Queiroz, Neno Cavalcante, Ênio Carlos e Ana Amélia. E colegas de profissão como Carlos Fred, Irazer Gadelha, Juciê Cunha (pai) e Roberto César.

Dor

O ano 2016 levou também o meu querido fã e amigo Ivens Dias Branco. Atencioso todo. Cortês todo. Humilde todo. Ele fazia questão de dizer de sua grande admiração por mim. Recíproca verdadeira. Nem parecia dono de um império, tal a simplicidade de seus atos. Fez da sua vida uma devoção ao trabalho. Imorredoura saudade!

Coluna É...

Neno Cavalcante, com quem eu almoçava quase todo dia, deixou uma lacuna no jornalismo cearense. Ele gostava de interferir no meu prato, querendo vê-lo só com verduras e tudo integral. Sinto saudade dessa brincadeira. Neno, crítico consciente, de personalidade forte, destemido. Ainda hoje penso que ele não morreu. Deus o tenha.

Recordando

Década de 1970. Uma das boas formações do Icasa. A partir da esquerda, (em pé): Alvir, Bartolomeu, Catolé, Nena, Zé Nilton, ? . Na mesma ordem (agachados): Mano, Jeová, Nicácio, Alzir, Hamilton e o massagista da equipe. Desse grupo, Nicácio foi o que mais se destacou, inclusive com passagem pelo Ceará, onde ganhou títulos. Hoje Nicácio é cronista esportivo no rádio caririense. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Chape

Não há como descrever o sentimento de solidariedade dos povos e das nações para com o time da Chapecoense, quase todo morto no acidente aéreo na Colômbia. Nos meus 51 anos de batente não vi nada igual. Foi o fato mais comovente de 2016. O acidente aéreo por pane seca deve servir de alerta para maior fiscalização nos planos de voo.

Alguma coisa

Para não ficar só nos fatos negativos, houve para o Fortaleza a coquista do bicampeonato estadual. O Brasil conquistou seu primeiro ouro olímpico no futebol. O show de talento e simpatia do notável velocista jamaicano, Usain Bolt. As cinco medalhas de ouro do nadador norte-americano Michael Phelps, que encantou o mundo.

Plano local

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No conceito geral da crônica esportiva cearense, o goleiro Everson foi destaque maior, sustentando desempenho de alto nível durante toda a temporada de 2016. Superou outros jogadores que se destacaram e também saíram sob os aplausos da torcida. Cito como exemplo o atacante Everton, do Fortaleza, e Pio, versátil volante e lateral do Leão.

Ídolos. Louvável a iniciativa do secretário de Cultura da Prefeitura de Fortaleza, Evaldo Lima, que luta pela preservação da memória no futebol cearense. Sugeriu e foi atendido pelo prefeito Roberto Cláudio, denominando de Gildo Fernandes de Oliveira (Serviluz) e Mozart Gomes (Caça e Pesca) as Areninhas ontem inauguras no Serviluz e Caça e Pesca, entregues aos moradores dos bairros Vicente Pinzón, Mucuripe, Dunas, Cais do Porto e Sabiaguaba. Gildo e Mozart foram notáveis ídolos do futebol cearense.

 

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