Tom Barros

Objetivo é a elite

O Ceará deixa de lado a decisão cearense e mira o Oeste na Série B já amanhã. Vozão tem elenco para subir. Em 2013, o técnico Sérgio Soares, que comandou o time, quase alcançou a classificação. Na reta final, porém, cometeu alguns equívocos de percepção, máxime contra o Palmeiras. Deixou fugir a viável chance. O Oeste, adversário do Ceará, foi mal no Paulistão: caiu para a série A2. Aí a diretoria demitiu em massa. Na leva até Dezinho, querido da torcida, foi dispensado. Foram contratados os zagueiros César Gaúcho e Henrique Mattos. O Oeste tem time apenas razoável.

Potencial. Walfrido não foi bem no clássico. É natural, pois foi sua primeira participação em jogo de definição de título estadual. Mas ele tem potencial e pode render muito mais. 

Talento

Os amantes do futebol de qualidade sentem a ausência de jogadores diferenciados. Eles elaboram melhor as jogadas. No primeiro clássico da decisão, notória a falta que fizeram Marcelinho Paraíba pelo Fortaleza e Ricardinho pelo Ceará. Com eles tudo corre melhor.

Talentos II

O municiamento acontece espontâneo, natural. Tratam a bola, ora como objeto de brinquedo, ora como objeto de realização, ora como símbolo de uma arte, ora como parceira de uns sonhos, ora grudada no pé, ora nas redes adversárias.

"Existe um ditado antigo no futebol que diz: pênalti mal marcado é geralmente pênalti perdido".

Marcelo Chamusca
Técnico do Fortaleza (sobre o lance de Cametá e Bill que o árbitro Avelar Rodrigo interpretou como pênalti).

Efêmera

A passagem do Barbalha pela Copa do Brasil foi como um relâmpago. O time não fez feio, mas poderia ter ido um mais além. De qualquer forma, valeu a experiência. Pena ter perdido a chance de enfrentar o Internacional/RS. Seria uma apoteose.

Caminhos

Quer nos tortuosos caminhos das liminares, quer nos gramados do país, o Icasa há mostrado que vai deixando de ser o mero participante. Ganhou o respeito de todos, já pelo que fez em Recife, em Belém, em Belo Horizonte, em São Paulo, em Chapecó...

Muito mais

Na próxima quarta-feira, quando Ceará e Fortaleza decidem o título, é possível que o público supere o registrado na decisão da Copa do Nordeste. A capacidade do Castelão é de 67 mil torcedores. Minha previsão: se não lotar, chegará perto.

Alento

Pelo menos desta vez, quando do clássico Ceará x Fortaleza, foi menor o registro de atos de violência. Em relação aos clássicos passados, houve redução, menos quebra-quebra, menos depredação. Pelo horário temia-se que fosse acontecer o contrário.

Homenagem do Memofut a José Renato, dono do maior acervo do mundo em obras esportivas (segundo o Guinness Book). Ademar Nunes (filho do saudodo goleiro Pintado), Auryvan Pinheiro, Eugênio Fonseca, Zeca Bentes, Urico Gadelha, Emanuel Cardoso e Sergio Castelo Branco Pinheiro. Agachados: Cristiano Santos, Rafael Luís, José Renato, Saraiva Júnior, Evandro Ferreira Gome e Ciro Camara.