Fase protetora
O primeiro clássico Ceará x Fortaleza que vi foi em 1957 no acanhado PV. Eu tinha dez anos de idade. De lá até hoje, a disputa cresceu em dimensão e importância. Passou para o Castelão. Mas intactas ficaram as tradições, a rivalidade, as tensões, a ansiedade, fatores que fazem Fortaleza x Ceará cada vez mais abrangente e apaixonante. Desde 1957 escuto repetida a frase “não há favorito”. Continua atualíssima. Não envelheceu. Quem teria a coragem de antecipar vencedor numa partida dessa natureza? Só mesmo um insano. Os cronistas não são bobos. Todos buscam proteção nesta frase que não compromete e os deixa à vontade diante de qualquer resultado.
Fazem a diferença
Edinho está no melhor momento de sua vida profissional. Como tem jogado bola este jovem valor do Fortaleza /// Ricardinho dá lucidez ao Ceará. Sem ele, houve instante em que o Ceará parecia ter perdido o cérebro quando enfrentou o Guarany no Castelão. /// Magno Alves, até mesmo quando em jornada infeliz, faz gol ou gols.
Observações
Sempre que Leandro Brasília é chamado a intervir, ele o faz de forma eficiente. Não sei a razão por que não foi a imediata opção de Sérgio Soares, quando Felipe Amorim contundiu-se. /// Robert, do Fortaleza, jeito de gol, cheiro de gol, forma de gol. Eterna preocupação para as defesas adversárias. Sandro e Anderson sabem disso.
Otimismo
Barbalha, pelo que fez diante do Cuiabá (0 x 0) no Inaldão, poderia ter obtido significa vantagem para o jogo de volta, hoje, no “Dutrinha”. Ainda assim, a partir de empate com gols, Barbalha ficará com a vaga. O Cuiabá virou incógnita. Fez sete contratações, mas alguns atletas ainda dependem de regularização. Quanto ao Barbalha, fiquei otimista após ouvir as entrevistas do atacante Cristóvão e do treinador Washington Luiz. Realistas, sabem dos percalços, mas mostraram que o grupo preparou-se bem para enfrentá-los.
Imagens das copas
17 de julho de 1994. Estádio Rose Bowl em Los Angels, EUA. Final da Copa. Público: 94.194 torcedores. Brasil campeão. A decisão foi nos pênaltis. Time brasileiro que iniciou jogando. A partir da esquerda (em pé): Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Márcio Santos e Branco. Na mesma ordem (agachados): Mazinho, Romário, Dunga, Bebeto e Zinho.
Cametá
O ala Tiago Coelho Andrade jogou muito bem no PV na vitória sobre o Icasa. Ele tem velocidade. Hoje tentará no apoio explorar essa qualidade contra o Ceará, até porque o Fortaleza precisará de gols para neutralizar a vantagem do alvinegro que joga por dois resultados iguais. O apelido, Cametá, vem do nome da cidade onde nasceu no Paraná.
Protesto
Certos estão a diretoria do Vasco e Roberto Dinamite, quando lançam veemente protesto contra o gravíssimo erro de arbitragem que tirou do Vasco o título carioca 2014. Quanto ao goleiro Felipe, do Flamengo, que pediu desculpa pela bobagem que disse, um lembrete: o amanhã é incerto. Jogador não deve fechar as portas de nenhum clube.
"O uso da tecnologia é fundamental, importante em situações como essa. Admitir que o árbitro e os bandeiras têm direito de errar é complicado, ainda mais quando só erram contra o Vasco”.
Roberto Dinamite
Presidente do Vasco