Tom Barros

A segunda chance

 

Há 64 anos o Brasil foi o centro do mundo futebolístico. Na época, a Copa não tinha a dimensão que hoje tem. O Brasil perdeu. Chorou. Agora a segunda chance. Na Copa das Confederações 2013, quando ganhou o título ao golear (3 x 0) a campeã mundial e poderosa Espanha, credenciou-se para o sonhado hexa. Do gigantesco Maracanã de 200 mil torcedores da final da Copa de 1950, restou, com a recente reforma, um estádio reduzido a 73.531 lugares. Mas vale a importância histórica desse templo sagrado. Não quero acreditar possa haver um Obdulio Varela pela segunda vez.

Comando. Felipão traz na bagagem o penta. Mas nem de longe faz o tipo de técnico que eu gosto. Varia muito: ora simpático, ora grosseiro. Bom era o Feola. Simples, sem espalhafatos, ganhou a Copa de 1958. AASD

Único vivo

Dos atletas que jogaram a final da Copa de 1950 no Maracanã, só um está vivo: o uruguaio Ghiggia (87 anos), autor do gol que aniquilou o Brasil na derrota para o Uruguai (1 x 2). O capitão do Uruguai, Obdulio Varela, que teria intimidado os brasileiros, morreu em 1996.

Presença

O primeiro jogo do Uruguai na Copa do Mundo 2014 será aqui em Fortaleza contra a Costa Rica, no dia 14 de junho, no Castelão. Ghiggia disse que torce por nova final Brasil x Uruguai no Maracanã. E pretende estar presente.

"Tudo o que tenho devo ao futebol. Se eu pudesse, me chamaria Édson Arantes do Nascimento Bola".

Pelé
Em 1974, afirmando que seria a única maneira de agradecer o que a bola fez por ele

Admiração

O jogador que mais admiro na atual Seleção Brasileira é o zagueiro David Luiz. Joga sério, aplicado. Sabe se impor, sem violência ou apelações. Está para a atual Seleção Brasileira quanto Bellini esteve para a Seleção Brasileira campeã do mundo em 1958.

Talento

Indiscutível a qualidade técnica superior de Neymar. Poderá ser a Copa de sua consagração, ou seja, campeão do mundo em pleno Maracanã. Deus meu. Apoteose que nenhum ídolo do Maraca conseguiu. Nem Zico, nem Dinamite, nem Ademir Menezes...

Simplicidade

Do atual grupo da Canarinho, Daniel Alves é o mais simpático. Jamais evitou a imprensa. A todos trata com distinção. Nada de pose ou banca. Ah se toda celebridade fosse assim! Mas não é. Há os bobinhos. E são muitos.

Narrações

Como em 1958 não havia transmissão pela TV, o rádio marcou a Copa, máxime com dois narradores que deram baile direto da Suécia: Edson Leite e Pedro Luís. Narrações imortalizadas num LP apresentado pelo também notável Fiori Gigliotti.