Tom Barros

Forças do além

Há momentos em que penso haver "forças do além" formando barreira intransponível às pretensões do Ceará. Mas eu não acredito em "forças do além". As forças para resolver as questões alvinegras terão de ser do aquém, aqui da terrinha mesmo, palpáveis, visíveis, materiais. Foge à compreensão a forma como o time desonerou. E desonerou tanto que perdeu até o respeito que antes impunha aos adversários. Hoje qualquer visitante, de grande, médio ou pequeno porte, vai sem medo para cima do Ceará. A retomada do Vozão em campo terá de passar necessariamente pela retomada do respeito perdido. Sem a recuperação desse respeito, qualquer timeco vai bater no Ceará. E humilhá-lo. E desconsiderá-lo, assim como já vem acontecendo.

Eliminatórias. A Seleção Brasileira em 92 jogos de eliminatórias de Copas do Mundo (1954/2009) sofreu 59 gols. No período 12 goleiros atuaram: Veludo (4 jogos, sofreu um gol), Gilmar (2 jogos, um gol); Félix (6/2), Lula (1/0, substituindo Félix no decorrer de uma partida em 1969), Leão (6/1), Waldir Peres (4/2), Carlos (4/2), Taffarel (12/5), Dida (23/24), Rogério Ceni (5/2), Marcos (6/6) e Júlio César (20/13). Três atuaram em duas eliminatórias: Taffarel, Dida e Júlio César. Dados de Airton Fontenele.

Pressão

O zagueiro Sandro já esteve nas graças da torcida alvinegra. Hoje, porém, a galera o pega pelo pé. Sandro experimenta agora o outro lado da moeda. Amigos, quando a zaga fica exposta por falta de uma "linha maginot", ou seja, melhor bloqueio na meia-cancha, os zagueiros tornam-se presa fácil. Sobrou para Sandro.

Luta

Observem que Sandro lutou. Até fez um gol de cabeça (anulado corretamente) numa prova de empenho e subida ao ataque. Mas o problema está na vulnerabilidade da defesa por onde trafegam livremente atacantes adversários. Aí o Sandro não mais segura ninguém. Aliás, não apenas o Sandro, mas os demais também.

Recordando

2005. Comissão técnica do Ceará, sob o comando de Valdir Espinosa, antes de um treino no Estádio Carlos de Alencar Pinto em Porangabuçu. Os quatro jogadores que acompanham a comissão são Paulinho Macaíba, Léo, Flávio e Barata. Curiosidade: Paulinho Macaíba atualmente defende o União Frederiquense, um time do futebol gaúcho que completou cinco anos de existência no recente passado dia 3 de agosto.

Liderança

O Fortaleza não jogou bem em Goiânia, mas segurou o empate com o Vila. Mesmo líder, vi torcedor insatisfeito. Nem a liderança amenizou a insatisfação dos tricolores pelo bisonho primeiro tempo do Leão. Moral da questão: a insatisfação não é pelo resultado em Goiânia, mas pelo que poderá vir no mata-mata.

50 anos

Dia13 próximo o time Sumov (futsal) completará meio século. Foi fundado pelo doutor Lauro Vinhas Lopes, que incentivou os funcionários da então autarquia municipal. Daí para a glória: várias vezes campeão brasileiro e duas vezes campeão Sul-Americano. Hoje é tocado pelo esforço do coronel Gomes. Parabéns.

Pressão

Na medida em que o mata-mata da Série C for se aproximando, será também natural a ampliação do leque de inquietações. Mas o time do Fortaleza terá de aprender a conviver com esse time de situação. Há jogadores, embora jovens, que parece já se adaptaram a esse tipo de pressão. Caso do goleiro Erivelton que se mostrou muito seguro e tranquilo no Serra Dourada.