Tom Barros

Humilhante lanterna

Desceu demais. O Ceará do exuberante título de campeão da Copa do Nordeste é agora alvo de chacota na última colocação da Série B nacional. Não admito um futebol de qualidade como o de Ricardinho ficar na lanterna. Não entendo um elenco como o do Ceará ficar na lanterna. Admito até não estar no G-4. Tudo bem. Não tem mesmo mostrado condições para isso, mas na lanterna é afundamento que amargura, desespera, angustia. Pior é a incerteza daí decorrente. A imagem deixada nos dois jogos recentes pela Série B (empate com o Botafogo e com o Criciúma) até acenou com boa melhora na produção, mas desencantou pela falta de vitória. Impenetrável o que há nos bastidores de Porangabuçu. E talvez por isso mesmo a humilhante lanterna.

Recordando

2005. E assim se passaram dez anos... Time do Ferroviário. A partir da esquerda, só os jogadores, (em pé): Nemésio, Tiago, Dedé, Lion, Jailson e Cássio. Na mesma ordem (agachados): Everton, Valmir, Danúbio, Leonardo e Guto. Na época o Ferroviário ainda fazia parte da primeira divisão do futebol cearense e participava da Série C do Campeonato Brasileiro, série onde hoje estão Fortaleza e Icasa. (Do álbum de Elcias Ferreira).

De olho no Tupi

O Fortaleza, líder do Grupo A da Série C, pegaria no mata-mata o Juventude/RS (4º de B, com 11 pontos), se o turno terminasse hoje. Mas, como faltam 11 rodadas, o adversário tricolor poderá ser o Tupi, que tem 15 pontos e é vice líder. Nada está definido no Grupo B, onde Portuguesa e Tombense têm chances.

Comum

Não creio seja o Tupi o adversário tricolor no mata-mata. Mas poderá aparecer no caminho tricolor nas etapas seguintes. Foi importante observar, pois, o potencial desse time mineiro no jogo que fez diante do Ceará pela Copa do Brasil. Na minha avaliação, um time comum, no nível mesmo dos componentes do G-4 nos dois grupos.

Público

Semifinal da Libertadores da América. O Internacional ganhou do Tigres/MEX por 3 x 1. Público: 44.884 (40.783 pagantes). Aqui, na decisão da Copa do Nordeste no Castelão, Ceará 2 x 1 Bahia, público pagante de 63.399. E na decisão estadual Fortaleza 2 x 2 Ceará, público pagante de 51.002 pagantes. Lá é Série A. Aqui Séries B e C. Que diferença!

Reação

Em duas oportunidades vi o volante do Ceará, Uillian Correia, tratar de forma grosseira repórteres que o procuraram para entrevista no intervalo ou após os jogos. Compreendo o momento difícil por que passa o jogador. Ele volta a titularidade. Não vejo nisso, porém, motivo para atos assim. Lamentei. Admiro muito o futebol de Uillian.

De volta

A torcida do Fortaleza tem mesmo é que festejar o retorno do meia Everton, já recuperado da contusão que sofreu no jogo diante do Ceará, quando o tricolor com o empate (2 x 2) já nos acréscimos conquistou o título estadual. Na ocasião, Everton foi um dos destaques. Ele era então, com seis gols, o artilheiro do time na temporada. Ficou afastado desde 4 de maio.

Os bares da Gentilândia

Observei os torcedores que foram ao PV, anteontem, antes do jogo Ceará 0 x 0 Tupi. Boa parte (diria que a maioria) consome bebida alcoólica nos bares próximos, antes de ingressar no estádio. E mais: nos carrinhos que vendem lanche nas ruas próximas e nas barracas existentes nas duas pracinhas da Gentilândia, idem. Resultado: quando os torcedores entram no PV já beberam bastante. Qual a diferença, se tomarem essas cervejas dentro do estádio?

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