Tom Barros

Clubes na Série errada

Vi jogos das diversas séries do Campeonato Brasileiro. Dentre eles, Fortaleza 3 x 2 Vila Nova (Série C), Paysandu 2 x 1 Ceará (Série B) e Fluminense 0 x 0 Corinthians (Série A). Há, claro, melhor padrão nos times da primeira divisão nacional. Entretanto, a diferença não é tão acentuada quanto se imagina. Há times na Série A que não se dariam bem nem na Série C. E há times na Série B que poderiam perfeitamente participar da Série A. O jogo no Maracanã foi tecnicamente pobre. Nada de especial no modelo tático e repertório do Timão e do Fluminense. Melhor que os outros jogos citados apenas o ritmo mais forte, mediante esforço constante e sustentado. A diferença favorável à Série A existe e não poderia ser diferente. Mas alguns clubes estão na série errada.

Recordando

A partir da esquerda: radialista Hilton Júnior e o ex-lateral-direito Alexandre, quando da entrevista para o "Museu da Chuteira". Alexandre Barroso de Oliveira jogou no Fortaleza, Ceará e Ferroviário. Mas o maior título de sua carreira foi o de campeão brasileiro pelo Guarani de Campinas, ao lado de Careca, em 1978.

Alexandre nasceu no dia 22 de Dezembro de 1954 e encerrou sua brilhante carreira no Rio Branco do Acre em 1990.

Acontece

No futebol erros individuais fazem parte e não raro determinam vexames irreparáveis. No Ceará, Sandro e Luís Carlos comprometeram em Belém. Mas é injusto culpá-los sozinhos pelo insucesso. O time teve tempo suficiente para reverter a situação, mas não conseguiu. Não foi apenas a "contribuição" dos dois que motivou a derrota.

Exceções

No Fortaleza dois erros individuais quase estragaram a boa situação tricolor. Radar fez o gol contra e Adalberto também errou feio. Mas o time leonino reagiu e deu a volta por cima. É o que digo: erros individuais sempre vão acontecer. Fazem parte. Não podem, porém, virar regra. Devem sempre ficar no rol das exceções.

Continua

A Série B tem calendário acelerado. Já hoje o Ceará recebe o CRB. O time de Alagoas, em três rodadas, tomou duas goleadas. No Rio, perdeu para o Botafogo/RJ (4 x 1) e em casa perdeu para Bahia (0 x 3). Vi o jogo do CRB com o Bota. Fez um primeiro tempo razoável, mas perdeu-se todo na fase final. É muito limitado.

Alternativas

Ricardinho dita o ritmo do Ceará. Sem ele, visível a falta de um homem que faça papel semelhante, na mesma eficiência. Sem Magno, que foi embora, sem Marinho e Assisinho (contundidos) e sem Fernandinho (expulso), é hora de avaliar o peso e a força do "banco" alvinegro. Num certame de longa duração a qualidade do elenco é que faz a diferença.

Momento

O goleiro do Fortaleza, Erivelton, busca afirmação. É uma fase de extrema responsabilidade, máxime pelas exigências da própria posição. Diante do Vila Nova, a torcida rendeu-lhe manifestações de apoio, fato registrado pelas câmeras da TV Diário em matéria especial de Denise Santiago. Ótimo. Mas que tudo seja feito de forma racional, sem fantasias.

Estreia no Maraca

Acompanhei com atenção a volta de Magno Alves ao Maracanã com a camisa do Fluminense, time no qual brilhou intensamente no período de 1998 a 2002. Magno entrou no segundo tempo. Fez uma função mais de armação. Na minha avaliação, foi bem. Não contou a seu favor para concluir um momento sequer de espaço livre na entrada da área ou mesmo de longa distância. No Fluminense todo o trabalho é feito para Fred, que perdeu ótima chance. Aliás, chance que Magno não teve.

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